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49 mulheres foram assassinadas no Piauí em 2012; aumento de 49%

 

O dia 8 de março, dedicado mundialmente às mulheres, bem que poderia ser de reflexão para as autoridades, maridos, namorados , companheiros e pais das representantes do sexo feminino no Piauí. O motivo é o número de mulheres assassinadas no Estado durante o ano passado: nada menos do que 49 delas tiveram as vidas tiradas a tiros, facadas e por outros instrumentos nos 12 meses de 2012. Esse número é superior 49% ao registrado em 2011 quando 33 mulheres foram mortas em todo o Piauí.

 

Os dados são de uma pesquisa mensal realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Piauí (Sinpolpi) com base nas informações divulgadas pelos meios de comunicação de todo o Estado. Segundo o presidente do sindicato, Cristiano Ribeiro, deste total, 23 crimes ocorreram na Capital e o restante no interior e litoral do Piauí.

 

A pesquisa mostra ainda que, se o aumento em 2012 foi considerado alto no Estado beirando os 50%, quando a comparação é somente com os números da Capital estes percentuais se tornam muito elevados. Em 2011 a pesquisa registrou um total de nove assassinatos de mulheres em Teresina contra os 23 do ano passado, ou seja, um aumento superior a 150%. Com relação aos demais municípios o aumento foi de dois casos em número absolutos: 24 no ano de 2011 e 26 no ano passado.

 

Pelos dados da pesquisa, a cada mês de 2012 foi assassinada uma média de mais de quatro mulheres no Piauí. Segundo a pesquisa, o mês mais violento foi abril com um total de nove assassinatos, seguido de março com sete mortes das representantes do sexo feminino. Os meses que tiveram menos casos foram fevereiro e julho com uma morte cada um deles.

 

Quinze mulheres foram assassinadas em 2012 nos chamados crimes passionais aqueles que se caracterizam pelo conflito de relacionamento entre os integrantes dos sexos opostos. Outros oito casos não tiveram as suas motivações reveladas até o momento em que os dados foram incluídos na pesquisa.

 

Um dado preocupante é o elevado número de vítimas cuja causa do crime foi o seu envolvimento direto ou indiretamente com gangues que disputam a hegemonia da venda de drogas no Estado. Em sete dos 49 assassinatos a pesquisa registrou este suposto motivo, o que demonstra que é cada vez mais comum as mulheres liderarem gangues de traficantes.

 

Em muitos casos isto ocorre devido a prisão ou morte dos companheiros o que leva as mulheres a tomarem os seus lugares e elas terminam na mira dos antigos rivais dos companheiros.

Meio Norte

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