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Dilma critica “venda” da Petrobras e chama Bolsonaro de neofascista

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Em evento na Câmara dos Deputados, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) criticou três principais pontos do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) por colocar em risco, segundo ela, a soberania do Brasil: a “venda picotada” da Petrobras, o desmonte da política ambiental e o programa Future-se, do Ministério da Educação (MEC).

A petista chamou Bolsonaro de “neofascista para implantar o neoliberalismo”.

Pela primeira vez no Congresso após o impeachment que a tirou da Presidência da República, Dilma participou de um seminário contra as privatizações de empresas públicas e pela soberania nacional. O evento teve a participação de movimentos sociais e políticos da esquerda.

O discurso de manutenção da soberania do país tem sido usado por Bolsonaro, por exemplo, para não receber dinheiro oferecido pelo G7 para o combate a incêndios na Amazônia. O presidente convocou a população a usar verde e amarelo no desfile de 7 de setembro como forma de mandar um recado para nações internacionais.

“Esse grupo que está no poder não tem o menor compromisso com a nação, portanto, não tem nenhum compromisso com sua soberania”, declarou a petista.

A ex-presidente criticou as intenções de privatização do atual governo, que anunciou estudos para desestatização de nove empresas públicas no mês passado. “Não é desestatização coisa nenhuma, é desnacionalização”, disparou.

Nesse cenário, a principal preocupação de Dilma é com a Petrobras.”Todos nós que estamos aqui sabemos que da sétima empresa de petróleo do mundo não se pode abrir mão”, disse.

Segundo ela, o governo atual se apoia em uma ideia equivocada de que a empresa não tem capacidade para se sustentar para vendê-la aos poucos. “É horrível continuar nesse processo de venda picotada”, afirmou Dilma.

A petista criticou também o que chamou de desmonte da política de meio ambiente, em curso desde o governo de Michel Temer (MDB), e disse que a Amazônia é um exemplo de grandeza do Brasil. “O gasto em meio ambiente vem caindo desde o golpe. É uma questão de soberania nacional não permitir de maneira nenhuma que se desmonte essa política”, afirmou.

O último ponto mencionado por Dilma foi o futuro da educação no país. A ex-presidente acredita que o programa Future-se, do MEC, vai enfraquecer as universidades federais. “Um povo que não possui educação é um povo submetido”, declarou.

Ao fim do discurso, relembrou o tempo à frente da Presidência da República com satisfação. “Eu tenho certeza de que eu estava fazendo alguma coisa boa ao dirigir — e eu tenho muita honra disso — o meu país durante o meu período”, afirmou Dilma.

 

 

 

 

 

Fonte: Metrópoles

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