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Patins Oeiras: como é a vida sobre oito rodas

Grupo Patins Oeiras- Arquivo pessoal

As opções de esportes em Oeiras têm aumentado e variado bastante, a pandemia trouxe o isolamento social e ao mesmo tempo a possibilidade das pessoas descobrirem e redescobrirem novas atividades, foi em meio a este cenário que Oeiras abriu espaço para a patinação. Joyce Fernanda de Sousa Lima, 35 anos uma das fundadoras do Patins Oeiras nos conta como surgiu o grupo.

A ideia de começar o Patins Oeiras se deu inicio deste ano quando Joyce decidiu voltar à patinação junto com uma amiga, ela conta que recebeu muitas pessoas pedindo orientações e ajuda para aprender e começar a patinar, assim, as duas resolveram dar uma força para estas pessoas

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Joyce durante aula de patins- Arquivo pessoal

“Logo sentimos a necessidade de um lugar apropriado porque o asfalto daqui acaba com as rodinhas dos patins, sem contar que para alguns iniciantes o local não era apropriado por conta da dificuldade que alguns tinham mais que outros”, explica Joyce.

Na busca pelo local adequado para os treinamentos e para ensinar os iniciantes, Joyce conta que fez pesquisas de lugares apropriados em Oeiras, até chegar à conclusão de que a Praça da Juventude era a melhor opção. “Decidimos então colocar o plano adiante, procuramos a prefeitura e o secretário Junior Miranda gostou da ideia e quis parceria, e assim surgiu o Patins Escola, denominado Patins Oeiras”.

Hoje o grupo conta com mais de 30 alunos entre crianças e adultos e segundo Joyce, o número de alunos cresce diariamente. A faixa etária dos patinadores é variada, o grupo possui crianças a partir de 3 anos de idade e adultos de até 56 anos. “Patinar não tem idade, não tem limitação, basta ter vontade e realizar”, acrescenta Joyce.

Como funcionam as aulas

As aulas acontecem nas terças-feiras e quintas-feiras das 18:00h às 20:00h na Praça da Juventude. As turmas são separadas por idade, entre crianças e adultos, as crianças são divididas entre iniciantes e os que estão mais avançados e ficam com o horário de 18:00h às 19:00h e de 19:00h às 20:00h entra a turma dos adultos (que também são divididos entre iniciantes e mais avançados).

Ao chegar ao Patins Oeiras, a primeira coisa que os alunos aprendem é ater equilíbrio do próprio corpo sobre as rodas. Também aprendem a remar, saltar, andar de costas, aprendem diversas formas de frear com os patins. “Eles aprendem também que o corpo não tem limitação, que eles conseguem coisas que nunca imaginaram através da patinação”.

Joyce considera que a patinação é popular em Oeiras. “Quando eu patinei há muitos anos atrás quando criança, era apenas uma brincadeira de criança aqui na cidade, então 20 anos depois eu voltei a patinar. Já existiam algumas pessoas patinando e quando vi me deu aquela vontade de incentivar meus filhos a fazer o mesmo e o grupo foi crescendo, hoje a gente não está só ensinado pessoas a patinarem, mas a gente tá instruindo futuros atletas que irão competir em nome da nossa cidade”, afirma Joyce.

Sobre as dificuldades, ela ressalta a questão do material. O ideal seria que o projeto tivesse patins suficientes para disponibilizar para as pessoas que não podem comprar os seus, assim, o aluno precisa entrar nas aulas com seu próprio patins. O equipamento também requer manutenções e aparelhos que ajudam no treinamento.

Joyce adianta que o grupo pretende promover competições e eventos de patinação. Em setembro deste ano foi realizado o primeiro workshop com profissionais de fora reforçando as técnicas das aulas. Alguns alunos participarão de um amistoso que acontecerá em Teresina para competir.

Benefícios da patinação

A patinação estimula vários músculos do corpo, bumbum, coxas, panturrilhas e abdômen são trabalhados durante a atividade, além disso, queima gorduras ajudando no emagrecimento. Por ser um esporte de resistência, estimula o sistema cardiovascular, desenvolvendo os músculos do coração e melhorando o fluxo sanguíneo. Ajuda a desenvolver o equilíbrio, e por ser uma atividade realizada ao ar livre, proporciona a sensação de liberdade e diminui o estresse do dia a dia.

Aluna conta sua experiência

Cássia Munik de S. Rocha, de 35 anos é uma das alunas do Patins Oeiras e nos conta um pouco da sua experiência com a patinação. Ela entrou no grupo em julho deste ano e toda a sua família patina também (marido e filha). “Inicialmente entrou minha filha, Isabela Munik, 9 anos e eu. Aí em agosto, em comemoração ao dia dos pais, a Isabela quis presentear o pai dela com um patins, o que deixou nosso programa em família ainda mais completo”.

cassia patinsEla fala que o interesse em patinar era na verdade um sonho ainda da juventude. “Tenho boas lembranças da patinação na época de adolescente; no meu caso, era só um sonho de adolescente adormecido, já que meus pais não tinham condições de comprar. Juntou isso ao fato de a minha filha ter pedido um de aniversário; eu meio que peguei carona”.

Ela e sua filha começaram a treinar em casa e só depois descobriram o grupo na Praça da Juventude. Ela menciona que com as aulas aprendeu que a patinação é um esporte que como qualquer outro exige treino e dedicação.

“Já conseguimos evoluir bastante de julho para cá. Melhoramos o equilíbrio, a postura, a “remada” e aprendemos algumas curvas, freios e giros. É importante destacar a capacidade das crianças em evoluir muito mais rápido que nós adultos. A minha filha, por exemplo, já está bem mais evoluída nestas habilidades”.   

Com muito entusiasmo, Cássia comenta o que mais gosta na patinação. “A patinação entrou na minha vida numa época muito difícil e tem me ajudado bastante a superá-la. Estou passando pelo processo de elaboração do luto da perda de um irmão. Patinar faz a gente relaxar e se concentrar naquilo que se está fazendo. Por isso, exige de você sua total atenção. A hora do treino é meu momento de me desconectar dos problemas, de cair, sorrir, aprender com a queda e levantar novamente. Superar nossos medos e limitações. Melhorar a cada dia, evoluir. Isso lembra a vida! No grupo Patins Oeiras encontramos pessoas dispostas a compartilharem o que sabem de maneira muito acolhedora e paciente, oferecendo nas aulas as orientações necessárias para que os integrantes evoluam sempre de maneira responsável e com segurança”.  

Por Sheron Weide 

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