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Piauiense desenvolve encefalite após infecção pelo vírus Oropouche

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) confirmou, na manhã desta sexta-feira (9), um caso de encefalite provocada pelo vírus Oropouche.

O paciente é um idoso de Hugo Napoleão, a 114 km da capital, que foi atendido no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

O idoso deu entrada no HUT em maio deste ano, segundo a FMS, com febre alta, dor de cabeça, desorientação, tremores e movimentos involuntários. Diante da suspeita de encefalite viral, ele foi transferido para o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, também em Teresina.

As coletas de amostras de sangue, líquido cefalorraquidiano – encontrado no cérebro –, urina e swab nasal foram realizadas no Instituto e encaminhadas ao Laboratório Central do Piauí (Lacen-PI). Em seguida, foram enviadas para o Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), referência nacional do Ministério da Saúde para investigação de arboviroses.

Após as coletas, o paciente foi transferido novamente para o Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), em Teresina. Ele recebeu alta posteriormente, apresentando melhora parcial.

O exame feito pelo Instituto Evandro Chagas que apontou o diagnóstico de encefalite viral foi liberado na quinta-feira (8). A análise detectou a presença de anticorpos da classe Imunoglobina M (IgM) contra o vírus Oropouche no sangue e líquido cefalorraquidiano do idoso.

“Como esses anticorpos não atravessam a barreira entre o sangue e o tecido nervoso, o exame demonstra que o vírus invadiu o encéfalo e as meninges do indivíduo, e lá promoveu a síntese dos anticorpos”, explicou a FMS.

Sintomas da encefalite por Oropouche

Nos casos de encefalite, os pacientes apresentam sintomas e sinais neurológicos, como vertigem, letargia, nistagmo e rigidez na nuca. O vírus pode ser detectado no líquido cefalorraquidiano (LCR).

Durante a primeira semana da doença, o principal diagnóstico diferencial é a infecção por dengue. Na segunda semana da doença, o diagnóstico clínico diferencial deve considerar a possibilidade de meningite e encefalite.

Atualmente, não se dispõe de vacinas nem medicamentos antivirais específicos para prevenir ou tratar a infecção por OROV. A abordagem de tratamento é paliativa, com foco no alívio da dor, reidratação e controle de vômitos que possam ocorrer.

Conforme o Ministério da Saúde, não existe um tratamento específico para infectados. Os pacientes devem ficar em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

Veja algumas recomendações:

  • Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível;
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele;
  • Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas;
  • Seguir as demais recomendações das autoridades locais de saúde.

 

Fonte: G1 PI / Foto: Flávio Carvalho/WMP/Fiocruz

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