O Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Piauí- Sinpolpi- ameaça solicitar ao Ministério Público do Trabalho a interdição do prédio do Complexo Policial de Picos, distante 266 quilômetros de Teresina. A categoria reivindica a reforma de três prédios públicos de delegacias que, segundo a entidade, estão abandonados há três anos enquanto o governo do Estado paga o aluguel do edifício do Complexo a uma família tradicional da região.
O Sinpolpi denuncia também as condições insalubres do Complexo Policial. Um relatório de inspeção realizada pela Divisão Estadual de Vigilância Sanitária (Divisa) no dia 28 de maio considerou graves as irregularidades físicas do prédio. Recentemente o Ministério Público do Trabalho indagou por meio de oficio se a categoria tinha conhecimento se o governo do Estado havia solucionado o problema. O documento é assinado pela procuradora do Trabalho Christiane Alli Fernandes.
O relatório cita ainda que a questão de falta de limpeza atinge todo o prédio “principalmente no pátio externo com muito mato e lixo, grande quantidade de material em desuso e superlotação de carros e motos apreendidos o que dificulta a circulação na área externa”, diz o documento.
Valdir Bezerra, secretário do Sinpolpi, disse ao portalODIA.comque nenhuma medida foi adotada para sanar os problemas constatados pela Divisa e que, além da falta de estrutura, a determinação judicial que proíbe presos na Central de Flagrante de Picos é descumprida pelas secretarias de Justiça e Segurança Pública.
Segundo o presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, a resposta ao ofício do MPT será encaminhada nessa semana. O sindicalista argumenta que atualmente o município de Picos tem as suas delegacias instaladas em um único prédio. Estão no Complexo a Delegacia Regional de Picos, as delegacias do 1º, que funcionava no centro, 2º DP que era instalado na avenida Sá Urtiga e 3º Distrito Policial (no bairro Junco), além da Delegacia de Combate a Violência Contra a Mulher.
“Isto é um erro porque enquanto uma pequena área concentra toda esta estrutura, o restante do município fica desguarnecido. Se acontecer algo na periferia na cidade, por exemplo, o aparelho policial não estará presente”, afirma.
Fonte: Portal O DIA