As polícias Civil e Militar do Piauí foram mobilizadas para agir em um falso sequestro nesta sexta-feira (24). Segundo o pai da suposta vítima, sua filha estaria grávida, teria sofrido um sequestro e forçada pelos criminosos a fazer um parto. Ainda de acordo com o pai, os raptores teriam levado o recém-nascido.
O crime teria ocorrido às 9h, mas por volta das 16h a Secretaria de Segurança Pública informou que tudo era mentira. “A Polícia Civil esclarece que a senhora (nome omitido pelo G1), não sofreu sequestro na manhã desta sexta-feira (24), na Praça da Bandeira, no Centro de Teresina. Assim como, os médicos do Departamento de Polícia Técnica Científica do Piauí não confirmam gestação da mesma”, esclareceu o órgão.
O falso crime mobilizou policiais militares, delegados e agentes da Polícia Civil. Todos rastreavam informações sobre os supostos criminosos. Segundo o coronel Raimundo Sousa, comandante das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), a PM foi acionada por volta das 12h para atender uma mulher que teria sido sequestrada e abandonada em uma estrada na Zona Rural de Timon, no Maranhão.
O oficial contou que chegou ao povoado Água Sumida, junto com o pai da suposta vítima, onde encontrou a mulher bastante abalada. Ela foi socorrida e levada para um hospital particular em Teresina. “A encontramos muito nervosa, em estado de choque. Os pais dela disseram que ela estava prestes a dar à luz. A vítima apenas conseguiu dizer que tinha visto o seu bebê, mas ele não foi encontrado”, disse ao G1.
Para o pai, a mulher contou que foi abordada por dois homens na Rua Álvaro Mendes, Centro de Teresina, forçada a entrar em um carro e levada para uma estrada vicinal em Timon. Lá, os homens teriam forçado um parto, levado o bebê e abandonado a professora.
“Nada do que foi reletado pela mulher é verdade, tudo foi inventado por ela. Não foram confirmados homens encapuzados, nem mesmo o sequestro. Até mesmo o cabelo cortado e as lesões foram ela mesma quem provocou. Sobre a motivação, só ela mesmo para dizer o porquê de ter promovido tudo isso”, disse o delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista.
Ainda de acordo com o delegado Riedel, familiares afirmaram que a falsa vítima tem problemas psicológicos e que talvez ela seja indiciada por promover essa farsa. “Devido ao estado psicológico em que ela se encontra, nós vamos pegar o depoimento de familiares para depois tomar uma decisão. Ela pode responder pelo crime de comunicação de falso crime”, finalizou Riedel.
A mulher de 41 anos está internada em um hospital particular no Centro da capital.
Fonte: G1 Piauí