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Acidente com veículo mata mãe e filha, de 13 anos

O empresário cearense Damont Peixoto Parente de Menezes, de 35 anos, acusado pela justiça cearense de ser o mandante de um crime de pistolagem que resultou na morte de uma criança de 2 anos na cidade do Crato (CE), crime ocorrido em julho de 2010, será indiciado pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte por homicídio doloso (quando há a intenção de matar). Segundo o delegado Eduardo Portela, da cidade de Lajes, Damont foi o responsável por causar a morte de duas pessoas após o veículo em que ele estava, uma BMW X5, ter colidido com um Polo Sedan.

acidentelajes

A colisão, segundo o delegado, aconteceu na manhã da última segunda-feira (15) na BR-304, nas proximidades de Lajes, a 125 quilômetros de Natal. Duas filhas do casal estavam no carro. Uma delas, Lara Teles de Menezes, adolescente de 13 anos, morreu ao dar entrada no Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, na capital potiguar. A outra vítima do acidente foi a passageira do Polo, identificada como Maria do Socorro Bernardo, de 62 anos, que também é natural do Ceará. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias.

“A mulher de Damont, que inicialmente afirmou ser ela a condutora do veículo, depois acabou admitindo que era o marido quem estava na direção. Ao chegar no hospital, ele ainda apresentou um nome falso. Ele e a mulher devem ter voltado para o Ceará para enterrar a filha, mas nós não conseguimos mais manter contato com eles”, acrescentou.

Além de representar contra o empresário, que será indicado por homicídio doloso – já que há relatos de testemunhas que apontam para direção perigosa antes da colisão – Eduardo Portela também afirmou ter recebido informações da polícia cearense de que Damont não poderia estar no Rio Grande do Norte.

“Depois que ele foi acusado de ser o mandante da morte da criança no Crato, ele deveria estar em prisão domiciliar. Foi o que me disse o delegado regional do Crato”, afirmou. O delegado Flávio Santos confirmou a informação. Ele disse que está aguardando o inquérito da Polícia Civil potiguar para informar ao Tribunal de Justiça do Ceará sobre o descumprimento da prisão domiciliar do acusado e, consequentemente, pedir que a medida seja convertida em prisão em regime fechado. “Ele descumpriu uma decisão judicial e deve ser preso”, disse o delegado do Crato.

O ACIDENTE
Ainda sobre o acidente, o delegado de Lajes explicou que a BMW seguia no sentido Natal – Mossoró quando o condutor do carro teria passado por uma lombada em alta velocidade, perdido a direção do veículo e atingido de frente o Polo, que vinha no sentido oposto. “O Polo vinha de Teresina, no Piauí, para o Rio Grande do Norte. A mulher morreu a caminho do hospital de Lajes. Já a filha do casal, faleceu quando chegou ao Clóvis Sarinho”, disse Portela.

CRIME DO CRATO
Segundo informações da Justiça cearense, o empresário Damont Peixoto Parente de Menezes, então dono de uma concessionária de veículos no município do Crato, teve prisão preventiva decretada por acusação de homicídio pelo juiz Djalma Sobreira Dantas Júnior, então titular da 1ª Vara da Comarca de Crato. O crime aconteceu em 26 de julho de 2010, no Sítio Cobras, zona rural do município.

O acusado se apresentou à Justiça em abril do ano passado, mas não ficou preso. “O magistrado autorizou que ele se internasse numa clínica de recuperação de drogados em Fortaleza”, disse o delegado Flávio Santos, titular da delegacia regional do Crato.

Consta no inquérito policial que Damont Peixoto foi acusado de ter mandado matar Cícero Fernando da Silva, de 28 anos, que sobreviveu ao atentado. A filha dele, no entanto, Maria Amanda da Silva, de 2 anos, foi baleada e morreu. Na ocasião, três indivíduos invadiram a casa de Cícero para matá-lo, mas ele conseguiu escapar fugindo para um matagal. Um deles atirou na cabeça da criança. O motivo seria um motor-bomba supostamente roubado por Cícero do empresário Damont Peixoto.

 

 

 

 

 

 

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