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Advogado denuncia tortura e teme rebelião em presídio de Bom Jesus

 
O presídio de Bom Jesus pode vim a passar por uma rebelião a qualquer momento. O alerta é do advogado criminalista Dimas Batista, que representa diversos detentos em Bom Jesus. Segundo ele, no presídio há constantes torturas e os presos podem acabar reagindo provocando rebeliões.

Segundo o advogado, vários detentos já denunciaram maus-tratos na unidade prisional. Pela denúncia, a ordem para as torturas estavam sendo feitas a mando do vice-diretor do presídio, Itamar Bulamarque. O vice-diretor veio transferido do comando da Penitenciária de São Raimundo Nonato, onde adotava as mesmas práticas. “As torturas são frequentes. Usam spray de pimenta, sacos de plástico e espancamento mesmo”, denuncia o advogado.

Dimas Batista comentou que familiares de detentos já ameaçam entrar com ações no Conselho Nacional de Justiça para que adotem providências. “A Secretaria de Justiça e nem a Direção do Presídio tomam providências. Para um preso vim a denunciar tortura, é porque já tem apanhado muito e não estão mais aguentando. Isso é uma rebelião anunciada”, alerta, acrescentando que as denúncias não têm cunho pessoal. “Nem conheço esse diretor”, frisa.

O advogado lembra que a integridade física do detendo é de responsabilidade do Estado. “A tortura que eles estão fazendo está colocando em risco a vida de outras pessoas. O Estado tem dever de manter a integridade física do preso e tem sido omisso. Várias denúncias foram feitas e não adotaram nenhuma providência”, ressaltou.

A reportagem do O DIA procurou a Secretaria de Segurança para comentar as denúncias. Por meio da assessoria de imprensa, foi informada que Itamar Bulamarque não está mais como vice-diretor do presídio. A assessoria negou ainda as denúncias de tortura e garantiu que as medidas que estão sendo adotadas no presídio fazem parte dos procedimentos de disciplina e segurança orientadas pelo Departamento Penitenciário Nacional. Vinte e sete agentes penitenciários foram treinados para esses novos procedimentos. Medidas semelhantes estão sendo adotadas nos presídios de Floriano, Picos, Parnaíba e São Raimundo Nonato, para, segundo a Secretaria de Justiça, garantir a melhoria da segurança tanto dos detentos quanto dos agentes penitenciários.

Portal O DIA
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