A temporada 2013 poderá representar uma verdadeira “sinuca de bico” para os engenheiros e projetistas de todos os times da F1. Por um lado, existe a necessidade constante de se trabalhar e desenvolver o carro do ano corrente, enquanto que, na outra ponta, o novo regulamento técnico exigirá um grande esforço na construção antecipada dos bólidos de 2014, que serão sensivelmente diferentes dos atuais.
Atual vice-campeão mundial, Fernando Alonso alertou à Ferrari que não será possível lutar pelo próximo campeonato se o time abandonar a evolução da F138 no meio do ano, focando apenas no modelo que vai substitui-lo no certame sequente, já sob as novas regras.
“Vai ser difícil chegar à metade do campeonato e largar mão. Isso só vai acontecer se você estiver 50, 60 pontos atrás do líder. Isso é algo que não queremos que aconteça, mas, se realmente chegarmos a esse ponto, aí será melhor concentrar em 2014″, afirmou o espanhol.
Fernando Alonso, da Ferrari, durante teste em Barcelona (Josep Lago/AFP photo)
“Mas não creio que vamos seguir nessa direção. Estar 20 ou 30 pontos, tanto atrás quanto na frente, força você a continuar lutando, porque haverá mais do que sete corridas pela frente. No ano passado, Sebastian Vettel estava 45 atrás [após o GP da Alemanha] e foi o campeão. Portanto, você tem que lutar com o que tem”, seguiu.
Segundo Alonso, a dificuldade se torna ainda maior porque não há mais liberdade para testes, nem a possibilidade de se experimentar novas configurações durante os treinamentos que fazem parte dos fins de semana de GP.
“Não dá para testar nada que seria útil para 2014 no carro de 2013. Você não pode usar [os treinos livres de] sexta-feira para testar o turbo, então precisa continuar a trabalhar na atual temporada”, completou.
Fonte: UOL Esportes
