A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou alerta nesta segunda-feira (7/12), informando que está conduzindo investigações sobre o primeiro caso positivo de Candida auris no país. O mais assustado do mundo. A Anvisa destacou que as amostras continuarão sob “análise fenotípica (para verificar sensibilidade e resistência aos medicamentos)” e “sequenciamento genético microbiano (padrão ouro)” até que o caso seja oficialmente confirmado. De acordo com reportagem da BBC Brasil.
Diante da suspeita, a Anvisa sugeriu fortalecer o monitoramento laboratorial de fungos em todos os serviços de saúde do país e adotar outras medidas de controle e prevenção para prevenir surtos. Em 2016, a Organização Pan-Americana da Saúde, braço da Organização Mundial da Saúde na América Latina e Caribe, emitiu um alerta, recomendando medidas de prevenção e controle de surtos por fungos na região.
“A descoberta deste fungo é um problema sério para pacientes e hospitais porque pode ser difícil de controlar”, explica a especialista em controle de infecção, professora da University College London (UCL), médica Elaine Krautman-Green Elaine Cloutman-Green).
Em 2017, levantamento publicado por Alessandro Pasqualotto, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, analisou 130 laboratórios de centros médicos de referência na América Latina e constatou que apenas 10% dos laboratórios foram capazes de detectar doenças fúngicas invasivas de acordo com as normas Europeu.
Em alerta divulgado em 2017, a Anvisa explica que ainda não está claro qual é a forma mais precisa de disseminação do fungo no setor saúde. Isso significa que esse fungo é resistente aos três principais medicamentos que podem ser usados no tratamento de infecções fúngicas sistêmicas”, explica a epidemiologista e microbiologista Alison Chaves, no Twitter.
Cândida albicans é a principal causa de candidíase (uma doença comum que afeta a pele, as unhas e os órgãos genitais e é relativamente fácil de tratar).