Uma moradora de São Sebastião, Iranilde Rodrigues de Sousa, 49 anos, foi desclassificada do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por usar um aparelho eletrônico necessário para controlar a dor crônica na coluna. Iranilde, portadora de uma doença rara, foi direcionada para realizar o exame em uma sala privativa na Escola Classe 104, conforme recomendação médica. Na chegada, ela informou aos fiscais sobre a necessidade do aparelho, mas foi retirada da sala e teve a prova interrompida.
Ao se inscrever no Enem, Iranilde recebeu confirmação do Inep de que teria suas condições específicas atendidas, inclusive o uso do neuroestimulador. O controle do dispositivo é feito por um AirPod, que permite o ajuste da intensidade do neuroestimulador conforme necessário.
Por ser alérgica a analgésicos opioides fortes, o neuroestimulador é a única alternativa para gerenciar a dor. Iranilde ofereceu deixar o controle com os fiscais para ajustarem a potência, mas a proposta não foi aceita. O coordenador sugeriu que o aparelho ficasse desligado fora da sala, podendo ser ligado apenas sob supervisão, o que prejudicaria sua prova.
Sem o aparelho, as dores intensas dificultariam a capacidade de Iranilde realizar o exame.
Informações do site Metrópoles