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Casos de microcefalia aumentaram 350% no Piauí em 2015

O número de casos de recém-nascidos com microcefalia aumentou 350% no Piauí, em relação ao ano passado. A Sesapi identificou 27 bebês nascidos com a anomalia somente este ano. O total de casos já é quase o triplo dos registros dos últimos cinco anos. Em 2010, foi identificado apenas um caso, em 2011 não houve notificações. Em 2012 e 2013 foram registrados quatro casos em cada ano, e em 2014 nasceram seis bebês com a anomalia.

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Dos 27 recém-nascidos com microcefalia no Piauí, 22 foram registrados na Maternidade Dona Evangelina Rosa, quatro na Maternidade Wall Ferraz e um na Maternidade Santa Fé. Os dados foram apresentados em uma reunião realizada nesta terça-feira (17) na Diretoria de Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde.

O sinal de alerta veio de ocorrências no Estado de Pernambuco, onde foram registrados 160 casos da doença somente em 2015. Para vislumbrar o número de casos de microcefalia no cenário nacional, o Ministério da Saúde solicitou relatórios aos demais estados da federação.

Devido à situação, o Piauí irá uma força tarefa para levantar dados sobre a real situação com relação à incidência de bebês com microcefalia. Juntamente com a Sesapi, a Universidade Federal do Piauí (UFPI), Fundação Municipal de Saúde (FMS), Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), Maternidade Santa Fé, Ciamca, Laboratório Central do Estado (Lacen) e Ministério da Saúde instituíram o Comitê de Operações de Emergência em Saúde-Microcefalia para investigar as causas que levaram ao aumento tão expressivo.

Segundo o diretor da Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde, Herlon Guimarães, a maioria dos bebês com microcefalia nasceram a partir do dia 04 de outubro deste ano. “Diante disso, estamos informando ao Ministério esses casos e vamos permanecer fazendo avaliações nos nossos prontuários e livros de registro para observarmos outros casos possíveis”, declarou o diretor.

Segundo a representante do Ministério da Saúde, Carmem Viana, serão também investigados se os casos se restringem à microcefalia ou se existe alguma outra anomalia associada à doença. “Estaremos definindo protocolos de atendimento e orientações para os profissionais que lidam com esse segmento da população. A microcefalia pode ser a ponta do iceberg. Não sabemos o grau de acometimento dessa síndrome que se apresenta e que investigaremos em diversas frentes para sabermos do que se trata”, disse.

A Sesapi aguarda as novas orientações do Ministério da Saúde sobre como proceder, com os bebês, com as gestantes e como será feito o acompanhamento.

Ministério da Saúde

Na tarde desta terça-feira (17), o Ministério da Saúde divulgou o Boletim Epidemiológico de microcefalia no Brasil e confirmou que houve registros em sete Estados: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia. A epidemia de contaminação por zika vírus registrada no primeiro semestre é a “principal hipótese” para explicar o aumento dos casos de microcefalia na região Nordeste.

A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês  nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a  33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

 

Fonte: Portal O Dia

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