Sob a responsabilidade do Departamento de Estradas e Rodagens do Piauí (DER-PI), as obras de duplicação da BR-316 vão custar R$ 71.837.070. O projeto inclui 8,4 km de extensão, com alças laterais, pontes e viadutos. Já a duplicação da BR-343 tem extensão de 9 km e vai custar R$ 38.358.654,24, oriundos do Programa Proinveste e do tesouro estadual. As duas obras visam dar maior fluidez ao tráfego nas saídas da capital.
A BR-316, por exemplo, dá acesso aos municípios da região Sul do Piauí. Mas, ao longo de sua extensão, cresceram vários bairros da zona urbana de Teresina, o que coloca mais carros e motos na estrada que já recebe um trânsito pesado de caminhões e ônibus.
O tráfego, que já é complicado no trecho de 8 km que fica entre o balão da Casa de Custódia e o Balão do Posto da Polícia Rodoviária Federal, só causa mais transtornos para motoristas e pedestres. É que as obras na BR-316, de acordo com motoristas que trafegam pela via na saída Sul de Teresina, estão paralisadas desde o final do período chuvoso, por volta do mês de maio. O prazo de execução da obra seria para 540 dias, a contar da assinatura da ordem de serviço, assinada ainda no mês de agosto de 2013.
Foto: Marcela Pachêco/O Dia
Obra de duplicação da BR-316 está atrasada e prejudica a mobilidade urbana de Teresina
Nenhuma máquina ou trabalhador é visto no trecho em obras, o que causa revolta em quem passa, pelo menos, 40 minutos em congestionamentos diários no início da manhã e final de tarde. “Para não chegar atrasado no trabalho, eu tenho que sair uma hora antes do meu horário. Sendo que eu uso o meu carro para chegar ao trabalho. Tudo isso por causa da quantidade de carros na rodovia”, reclama a supervisora de telemarketing Jozelane Oliveira.
Para Francisco Martins, caminhoneiro e morador do bairro Palitolândia, que fica às margens da BR-316, está difícil acreditar na conclusão da obra. “A obra começou acelerada, mas, depois que os trabalhadores saíram dos canteiros de obra, o mato tomou conta do acostamento e o barro usado para nivelar as pistas já foi arrastado pelas chuvas. Os motoristas têm que redobrar a atenção nesse trecho, porque os congestionamentos são diários e os riscos de acidente também. O pior é o tempo perdido e a confusão no trânsito, tem motorista que faz desvio pelos bairros, Santa Clara ou Vila irmã Dulce, para poder chegar ao Centro de Teresina, é um absurdo”, reclama.
No primeiro semestre desse ano, o diretorgeral do DER-PI, Severo Eulálio, determinou à Diretoria de Engenharia que fossem fiscalizadas e atualizadas as medições de todas as obras em andamento que são de responsabilidade do órgão, começando pela duplicação das rodovias BR-316 e BR-343. A execução da obra, que será feita em três etapas, prevê ainda os serviços de drenagem, pavimentação, sinalização, paisagismo, remanejamento de serviços de utilidade pública, iluminação pública e proteção ambiental.
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