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Em dia de “experimentos” de Roger, maior parte dá errado, e Fluminense sai no lucro no Fla-Flu

A estreia de Roger Machado foi com o pé direito e fez o Fluminense reagir no Campeonato Carioca. Mas a vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo no último domingo, no Maracanã (veja os melhores momentos no vídeo acima), tem outros aspectos que precisam ser levados em consideração no saldo final. Muito mais do que o placar por si só, onde o Tricolor saiu bastante no lucro.

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Caio Paulista e Ganso não funcionaram em novas funções — Foto: Mailson Santana / Fluminense FC

Mesmo sem seus titulares, ainda de férias, a torcida esperava que o time mais “cascudo” do Fluminense, reforçado com reservas do elenco profissional, fosse no mínimo superior à equipe de garotos do Flamengo. Mas o que aconteceu foi justamente o inverso: o Tricolor é que parecia um monte de jovens facilmente envolvidos pela experiência do rival.

O Fluminense marcava mal, corria atrás da bola (terminou com só 40% da posse) e praticamente não conseguia atacar. O time teve menos da metade das finalizações do Flamengo no jogo (oito contra 17 do rival) e levou 44 minutos para dar seu primeiro chute, que na verdade foi um “recuo” de Yuri para o goleiro. Um desempenho tenebroso mascarado por um chutaço de Igor Julião nos minutos finais.

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Roger reconheceu a atuação ruim e atribuiu grande parte das dificuldades encontradas à falta de entrosamento pelos poucos dias que teve de treino. Enquanto ainda busca conhecer melhor o elenco, o treinador aproveita o Carioca como uma espécie de “laboratório” de olho na Libertadores. O problema é que a maioria dos “experimentos” testados no Fla-Flu deram errado. Confira:

André e Yuri

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Meio de campo perdeu velocidade com dupla André e Yuri — Foto: André Durão/ge

André foi o único dos garotos do sub-23 mantido na equipe titular, só que sua escalação ao lado de Yuri deixou o time, na prática, com dois primeiros volantes, já que Yuri não produz nada ofensivamente. Sem contar que o setor ficou mais lento e, consequentemente, exposto para as jogadas em velocidade do Flamengo. E em alguns momentos eles batiam-cabeça no posicionamento, por fazerem a mesma função. Trocar um deles pelo Wellington, que está sem ritmo de jogo, como foi feito no intervalo do Fla-Flu, não muda nada o panorama.

Michel e Caio de pontas

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Michel Araújo ficou bem marcado e sumiu no clássico — Foto: Mailson Santana / Fluminense FC

Os dois foram escalados pelos lados do campo com responsabilidades defensivas de dar cobertura aos laterais, mas ao mesmo tempo puxar contra-ataques em velocidade. Caio Paulista tem nítida deficiência para marcar, o que é natural para um atacante, enquanto Michel Araújo perde o que tem de melhor, que é seu combate no meio de campo. O esquema abriu o setor e deixou dois volantes mais lentos expostos.

Ganso como falso 9

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Ganso pouco participou do jogo atuando como falso 9 — Foto: Mailson Santana / Fluminense FC

O camisa 10 estreou em uma função mais adiantada, como falso 9, mas também ficou devendo. Com o time na roda, ele praticamente não recebeu a bola no ataque e mal participou do jogo. É cedo ainda para avaliar se ele pode render ali, mas a pouca velocidade para se movimentar e dar opções leva a crer que não dará certo. Ganso ainda tem o passe refinado como ponto forte, o que ele perde tendo que jogar de costas para o gol.

Time sem centroavante

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Sem centroavante, bola batia no ataque do Fluminense e voltava — Foto: André Durão/ge

Quem via a escalação antes do jogo se perguntava: “Quem vai fazer gol nesse time?” Claro que não é só centroavante que estufa as redes, mas o camisa 9 vai além de ser um homem-gol. Ele tem a responsabilidade de prender os zagueiros adversários; segurar a bola no ataque para a equipe sair de trás; buscar jogadas de pivô e ajudar na bola aérea defensiva e ofensiva. Ganso não é esse jogador, e Pacheco “isolado” não conseguiu render nada. o Flu melhorou a partir da entrada dos garotos.

Julião no meio

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Igor Julião sofreu na lateral, mas brilhou pelo meio — Foto: Mailson Santana / Fluminense FC

Durante o segundo tempo, Roger percebeu que o meio de campo tricolor não ganhava mais nenhuma bola e decidiu povoar o setor com um tripé de volantes. Para isso, adiantou o lateral-direito Igor Julião para a função ao lado de Wellington e Yuri. Apesar do golaço do ala, é precoce dizer que sua improvisação é uma boa alternativa para ser repetida. Por outro lado, a trinca de volantes é algo que já foi feito antes por Odair Hellmann em jogos contra equipes mais fortes ofensivamente.

O elenco tricolor folga nesta segunda-feira e se reapresenta na terça no CT Carlos Castilho, onde iniciará a preparação para enfrentar o Bangu no sábado, às 21h05 (de Brasília), ainda sem local definido. Com a vitória no Fla-Flu, o Fluminense conseguiu os seus primeiros pontos na Taça Guanabara e está na oitava colocação, com três pontos em três jogos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Globo Esporte

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