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Entenda como funcionam as buscas por Lázaro, foragido há 13 dias

Dia e noite. Há 13 dias, forças policiais especializadas estão na busca por Lázaro Barbosa Sousa, 32 anos, suspeito de assassinar uma família em Ceilândia Norte. Durante o dia, 270 policiais estão envolvidos em procurar pelo criminoso em chácaras, fazendas, no meio do mato e em pontos de bloqueio na BR-070. À noite, a caçada enfrenta outros desafios. Tendo como desvantagem a falta de luz solar, as forças de segurança contam com poucos equipamentos específicos para essas situações, além da dificuldade em lidar com o bioma da região.

Todas as forças policiais passaram por um treinamento rural antes de ingressarem na corporação. No caso das buscas por Lázaro, grupos de seis a oito pessoas passam noites no mato à procura do criminoso. As equipes se revezam e só saem do local depois que detectam que não existem mais evidências de que o suspeito esteja por perto. A falta de equipamentos é um agravante. Apenas a Polícia Federal e o Exército Brasileiro têm dispositivos específicos para as buscas noturnas. Eles estão sendo cedidos para auxiliar os policiais em campo.

Desde que a operação começou, drones que contam com câmera térmica, farol de busca, luz beacon (usada para melhor visualização), além de alto-falantes para dar alertas, estão sendo usados. Com a câmera, é possível localizar mais facilmente uma pessoa no período noturno, pois há diferença da temperatura dela para a do ambiente, e o drone aponta. O equipamento é extremamente eficiente, mas falha em regiões com muita vegetação — como é o caso daquela em que Lázaro provavelmente se esconde. O funcionamento é melhor em áreas descampadas. Helicópteros estavam sendo usados nas primeiras noites da operação. No entanto, não estão sendo mais vistos na região no período noturno.

Fora da mata, a polícia atua com pontos de bloqueio nos dois sentidos da BR-070 e ronda em chácaras e fazendas da cidade de Cocalzinho e distritos de Girassol e Edilândia, em Goiás. As investigações ainda apontam que Lázaro esteja escondido na região. Não há indícios, portanto, de que tenha chegado a Águas Lindas nem de que tenha conseguido furar o cerco delimitado pelas equipes, de aproximadamente 10km.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) afirmou, ontem, que as equipes policiais continuam em operação para a captura. A força-tarefa foi reforçada com dois cães do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO). Ao todo, a operação conta com cinco cachorros.

Os trabalhos envolvem as polícias Militar e Civil de Goiás e do Distrito Federal, Polícia Federal e Rodoviária Federal, além da DPOE/DF. A inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foi incorporada à missão.

Falso policial

Um jovem de 23 anos acabou preso ao se apresentar como policial federal para participar das buscas por Lázaro Barbosa. A prisão ocorreu na noite de sábado, após ele abordar equipes da força-tarefa na BR-070, próximo ao Rio Pichuá, na região de Cocalzinho (GO), alegando estar atrasado para encontrar os colegas federais que estariam um pouco mais à frente.

De acordo com a equipe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 40 minutos depois da primeira abordagem, o homem retornou pedindo ajuda aos policiais militares de Goiás para desarmar uma pessoa alcoolizada em uma propriedade rural.

Ao retornarem para o ponto de apoio, os militares foram informados pela PRF de que o jovem não era policial. Ele recebeu voz de prisão e acabou levado à delegacia pelas equipes da PM, PRF e Polícia Federal, para o registro da ocorrência. Em nota, a PRF informou que o homem cometeu ao menos dois delitos: falsidade ideológica e usurpação da função pública.

» Curiosidade

A chegada dos animais à base da força-tarefa em Girassol, povoado que pertence a Cocalzinho (GO) e onde ocorrem as buscas por Lázaro, chamou a atenção. Na manhã de ontem, moradores tiraram fotos com Cristal e Dart enquanto estavam dento da caminhonete dos bombeiros. Os cães, dóceis, sequer latiram e se deixaram fotografar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Correio Braziliense

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