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Estudante de gastronomia no Piauí faz creme de galinha frito

Um prato típico da culinária teresinense, servido em festas e também no dia a dia como acompanhamento, ganhou uma apresentação diferente e que chama a atenção. O creme de galinha frito foi postado nas redes sociais do estudante de gastronomia e pesquisador de comida piauiense, Carlos Lustosa, que disse que resolveu preparar a receita em um novo formato após um desafio no Twitter.

“Algumas pessoas estavam no Twitter discutindo sobre um hambúrguer de creme de galinha e alguns diziam que era impossível. Eu entrei na conversa e disse que era possível e, inclusive, há um lugar em Teresina que tem esse hambúrguer. A partir daí, me inspirei e fiz o creme de galinha frito. Não sei como é feito esse hambúrguer, mas acredito que deve ser o mesmo princípio do creme de galinha frito, só muda o formato”, disse Lustosa.

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Como pesquisador de comida piauiense, ele conta uma curiosidade sobre o creme de galinha tradicional que é considerada uma iguaria tipicamente teresinense.

“Tudo indica que o creme de galinha seja uma adaptação teresinense do vatapá baiano. Embora se pareça muito com o  estrogonofe de frango, ele tem algumas diferenças e se aproxima muito mais do vatapá. Nas minhas pesquisas, encontrei cadernos de receitas onde tinha escrito ‘vatapá de galinha’. Acredito que essa receita seja mesmo uma adaptação do vatapá, pois como estamos em Teresina, a mais de 300 km do litoral, não havia muito acesso ao camarão, um dos principais ingredientes do vatapá, mas havia galinhas. Pode ser por isso que as pessoas adaptaram e a receita se espalhou para o resto do Brasil. Tem notícias de creme de galinha sendo feito em outros estados, mas são mais casos de piauienses que viajaram para morar fora. Então, o creme feito com a galinha desfiada e misturada ao leite, tudo indica que seja uma invenção teresinense”, conta Lustosa.

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Sobre o creme de galinha frito, ele ressalta que em alguns países, como a Espanha, o prato é servido como uma sobremesa chamada de “leche frita”.

“Eles fazem uma papa doce bem grossa, gelam, cortam, empanam e fritam. É o mesmo príncípio do creme de galinha frito”, disse o estudante de gastronomia.

Carlos Lustosa disse ainda que não há segredo no preparo do creme de galinha frito. Quem desejar se aventurar na cozinha no preparo do prato, deve ficar atento apenas à temperatura ideal para deixar no ponto para a fritura.

“Fiz um creme de galinha normal, só que com mais leite e amido de milho, para ficar bem mais consistente, bem grosso. O preparo deve ser em fogo baixo para não ficar com gosto do amido de milho. Em seguida, coloca o creme em uma vasilha, em uma camada não muito grossa, cobre com o plástico filme e coloca para gelar. Não precisa congelar, pois o creme foi preparado mais grosso. Deixei de um dia pro outro e ficou no ponto de corte. Depois passei na farinha de trigo, no ovo batido, farinha de rosca e fritei. O único cuidado é não demorar para fazer a manipulação porque, como Teresina é muito quente, se demorar, o creme perde a consistência e começar a desmanchar”, explica Lustosa.

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O resultado da delícia, segundo Carlos Lustosa, é uma casquinha crocante por fora com uma cremosidade por dentro.  Ele diz que aprovou a receita e acredita que seja uma ótima indicação como tira-gosto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Cidade Verde

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