Explosões quase simultâneas de pagers usados por membros do Hezbollah deixaram nove mortos e mais de 2,8 mil feridos no Líbano nesta terça-feira (17/9). O grupo libanês, inimigo de Israel, responsabilizou o país pelos ataques.
Segundo a Al Jazeera, os dispositivos foram hackeados. Especialistas também consideram a hipótese de sabotagem por agentes israelenses infiltrados no Hezbollah.
Os pagers, conhecidos no Brasil como “bipes”, eram usados para enviar mensagens curtas nas décadas de 1980 e 1990. Apesar de obsoletos, o Hezbollah continuou a utilizá-los por questões de segurança, já que são difíceis de rastrear.
Nos últimos anos, Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, recomendou que seus combatentes deixassem de usar smartphones, temendo que Israel pudesse hackeá-los. Como alternativa, o grupo adotou os pagers.
Especialistas sugerem duas teorias para as explosões: uma violação de segurança cibernética que provocou o superaquecimento das baterias de lítio ou um ataque à cadeia de suprimentos, com explosivos inseridos nos dispositivos durante a fabricação ou envio.
David Kennedy, ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos EUA, declarou à CNN que as explosões parecem grandes demais para serem causadas por um hack remoto. Ele acredita que agentes israelenses infiltrados no Hezbollah inseriram explosivos nos pagers, ativados de forma coordenada.
Informações Metrópoles
