A Operação Cela 3, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Maranhão cumpriu cerca de 28 mandados de prisão nos estados do Maranhão, Piauí e Mato Grosso. Os três estados integravam uma rota de distribuição de drogas de uma rota de distribuição de drogas de uma facção criminosa. As investigações apontaram que o grupo movimentou R$ 150 milhões em um ano.

O levantamento da polícia desvendou a rota do tráfico de drogas envolvendo os três estados. Os entorpecentes vinham do Mato Grosso e eram distribuídos em Teresina e Timon. As investigações também apontaram que o esquema também envolvia outros crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e roubo de veículos, além dos crimes violentos.

No Mato Grosso uma empresa de fachada foi fechada. A polícia identificou que o local inicialmente atuava como uma espetaria, mas que passou por uma mudança para loja de vestuário. A empresa era usada para lavagem de dinheiro.

Entre os investigados na operação, a polícia identificou um homem que tinha a função de comandar o esquema de dentro do presídio. Ele estava preso em São Luís, porém foi posto em liberdade. Após o avanço das investigações, ele voltou a ser preso na última semana. A análise de transferências bancárias e depósitos apontou o envolvimento de familiares dele no esquema criminoso.

“Esse indivíduo tinha sido alvo no próprio Gaeco e continuava, mesmo no sistema penitenciário, ordenando crimes. Falamos de tráfico, homicídios, roubo de veículos e instituições financeiras. Então ele virou uma espécie de coordenador dentro da unidade penitenciária ordenando esses delitos já citados. Esse indivíduo teve a família praticamente toda presa por conta da lavagem de dinheiro. Eles emprestavam as contas bancárias para que esse dinheiro fluísse”, afirma Fernando Berniz, promotor do Gaeco.

Em Teresina, três alvos foram presos. Um deles atuava no julgamento de crimes violentos no estado.

“Um dos integrantes participava de julgamento de crimes. Então o mesmo indivíduo que coordenava lavagem de dinheiro, tráfico, definindo armas, esse mesmo indivíduo, mesmo preso fazia julgamentos. Ele foi preso hoje”, explica Ricardo Freire, delegado da Polícia Civil do Maranhão.

Fonte: Cidade Verde