Pular para o conteúdo

Filha de piauiense confessa participação em roubo que resultou na morte da própria família

Suspeitas do crime

Ana Flávia Gonçalves confessou ter participação no roubo que resultou na morte da própria família em 28 de janeiro no estado de São Paulo. O pai da suspeita, Romuyuki Gonçalves, era natural de Cocal, no Piauí.

No crime a mãe e o irmão da jovem, Flaviana e Juan Victor, também foram torturados e mortos. Os corpos foram encontrados carbonizados em um carro em chamas na área rural de São Bernardo do Campo. Segundo o G1, Ana Flávia Gonçalves e Carina Ramos admitiram, em novo depoimento à polícia, participação no roubo à casa da família, mas negaram envolvimento nas mortes. Nesta quarta-feira, Ana Flávia Gonçalves e Carina Ramos chegaram ao Deic do município do ABC Paulista às 16h e saíram às 21h40. Desde o início das investigações elas vinham negando participação no crime.

A Polícia Civil tenta identificar e prender o sexto suspeito de participar do assassinato da família. Ele seria um homem que teria resgatado o grupo de carro na estrada de terra onde o veículo da família foi encontrado carbonizado. O nome e a foto dele não foram divulgados. No depoimento de segunda-feira (4), um dos envolvidos no crime contou à polícia como a ação foi planejada. Juliano Ramos Júnior, primo de Carina disse que, dois dias antes dos assassinatos, ele, os dois comparsas, Carina e Ana Flávia zeram uma reunião para
combinar o roubo à casa da família porque ali teria cerca de R$ 85 mil guardados.

Suspeito disse ter simulado assalto
Juliano explicou que, no dia do crime, os três homens entraram no condomínio no carro de Ana Flávia e, já dentro da casa, simularam um assalto. Ele contou ainda que Romuyuki e o lho Juan Vitor foram torturados no andar de cima do imóvel para que passassem a senha
do cofre, mas eles não sabiam a combinação.

De acordo com a investigação, os dois foram torturados e mortos, possivelmente em decorrência de pauladas. A polícia ainda não sabe se Flaviana foi obrigada a dirigir o carro da família até a estrada com o marido e o lho no porta-malas, antes de ser morta na via, ou se foi morta junto com Romuyuki e Juan Victor, ainda na casa.

5e3c071b50b76

Romuyuki, Flaviana e Juan Victor(Foto:reprodução/G1)

Ana Flávia e a namorada dela, Carina, estão detidas, assim como outros três homens apontados como participantes dos assassinatos. Além disso, um sexto suspeito é investigado. 

Nesta terça-feira (4), a polícia disse não ter mais dúvidas de que o grupo está envolvido nos assassinatos e de que Ana Flávia e Carina planejaram o crime. Falta esclarecer, contudo, a motivação.

Quem eram as vítimas?
Romuyuki Veras Gonçalves – empresário prestador de serviços de uma montadora; segundo informações iniciais da Polícia Civil, tinha 43 anos.
Flaviana de Meneses Gonçalves – mulher de Romuyuki, era proprietária de duas perfumarias; segundo informações iniciais da Polícia Civil, tinha 40 anos.
Juan Victor Gonçalves – lho do casal Romuyki e Flaviana; segundo informações iniciais da Polícia Civil, tinha 15 anos.

Quem são os suspeitos do crime?
Ana Flávia Martins Meneses Gonçalves, de 24 anos – lha do casal Flaviana e Romuyuki e irmã de Juan Victor, está detida no estão detidas no 7º Distrito Policial (DP) desde 29 de janeiro; ela nega participação no crime
Carina Ramos de Abreu, de 26 anos – namorada de Ana Flávia há 2 anos, também está detida desde 29 de janeiro e nega participação no crime.

Juliano de Oliveira Ramos Júnior, de 22 anos – primo de Carina, foi detido em 3 de fevereiro e está em uma cadeia para presos provisórios em São Caetano do Sul; em depoimento, confessou envolvimento nas mortes e acusou de participação tanto Ana Flávia quanto Carina. Juliano tem passagem por roubo.

Guilherme Ramos da Silva – comparsa citado em depoimento por Juliano, também é conhecido como Lipe ou Massa, segundo a polícia; está preso.

Michael Robert dos Santos dos Anjos – comparsa citado em depoimento por Juliano, também conhecido como Marco, segundo a polícia; está preso.

Entenda a Cronologia do crime:
Às 18h de 27 de janeiro, Ana Flávia –filha do casal Romuyuki e Flaviana e irmã de Juan Victor– chega no próprio veículo modelo Palio à casa onde moravam os pais e o irmão, em um condomínio fechado em Santo André, também no ABC Paulista. O carro entra e sai do imóvel algumas vezes.

Às 20h, a namorada de Ana Flávia, Carina, chega a pé usando um agasalho com capuz. Por volta da meia-noite, Flaviana chega dirigindo o carro da família, modelo Jeep Compass de cor azul, encontrado posteriormente carbonizado.

Quase 3 horas depois, por volta da 1h da manhã de 28 de janeiro, os dois carros – o Palio e o Jeep – saem juntos do condomínio. Quem dirige o carro da família neste momento é Carina, com Flaviana no bando atrás do motorista.

Às 2h50 , o Corpo de Bombeiros recebe chamado para atender à ocorrência de um carro
incendiado na Estrada do Montanhão, em São Bernardo do Campo.

O que constatou por perícia?
Em 28 de janeiro, o carro da família foi encontrado em chamas na Estrada do Montanhão, em São Bernardo do Campo, próximo ao Rodoanel. O local ca a cerca de 6 km do condomínio de sobrados em Santo André onde a família morava.

Havia dois corpos totalmente carbonizados no porta-malas do veículo. Os três corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) Central, onde foram feitos exames para identificação. Dois dias depois, um laudo apontou que a causa da morte dos 3 foi traumatismo craniano, possivelmente em decorrência de pauladas na cabeça. As vítimas, então, foram mortas antes de terem os corpos queimados na Estrada do Montanhão.

A polícia encontrou a casa da família revirada. Os policiais também identificaram que foram levados objetos de valor, como joias, TV e videogame, e dinheiro em espécie que somam a quantia de R$ 8 mil em moeda nacional e estrangeira, além de uma arma antiga quebrada, que pertenceu ao avô de uma das suspeitas, Ana Flávia.

Em 1º de fevereiro, exames feitos pela polícia confirmaram a presença de sangue humano na casa da família, nas escadas, nas roupas e na máquina de lavar.

A polícia teve acesso a imagens de câmeras de segurança da portaria do condomínio, que mostraram a visita de Ana Flávia aos pais na noite que antecedeu a madrugada do crime, seguida da saída do carro dela e da família do local.

O que falta saber?
A polícia tem como uma das linhas de investigação uma possível O que falta saber A polícia tem como uma das linhas de investigação uma possível briga familiar. A outra hipótese seria de um latrocínio – roubo seguido de morte, mal sucedido. A polícia cogita ainda que o grupo queria a herança que Flaviana e Romuyuki deixariam depois de mortos.

A investigação ainda não está certa de que Flaviana foi obrigada a dirigir o carro da família até a estrada com o marido e o lho no porta-malas, antes de ser morta na via, ou se foi morta junto com Romuyuki e Juan Victor.
A investigação procura a arma usada para matar as três vítimas.
A investigação ainda tenta identificar um sexto suspeito.

Fonte: Portal Az.

Comentários
Publicidade

Deixe um comentário

Aviso: os comentários são de responsabilidade dos seus autores e não refletem a opinião do Portal Integração. É proibida a inclusão de comentários que violem a lei, a moral e os princípios éticos, ou que violem os direitos de terceiros. O Portal Integração reserva-se o direito de remover, sem aviso prévio, comentários que não estejam em conformidade com os critérios estabelecidos neste aviso.

Veja também...

Portal Integração