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Grupos se reúnem em marcha contra o feminicídio no Piauí: “Precisamos dialogar”

No próximo dia 21 de junho, vários grupos vão se reunir na Praça da Liberdade, em frente à Igreja São Benedito, para uma marcha contra o feminicídio em Teresina.

A organização ‘Mulheres Articuladas’ já existe há quatro anos e fez uma carta-proposta como sugestão para o Estado. De acordo com Marta Célia, uma das participantes do movimento, é preciso tomadas urgentes sobre a violência contra a mulher na capital e no interior.

“Precisamos ir às ruas e trazer mais pessoas para discutir o assunto. Precisamos deixar claro que nada está sendo feito e precisamos de diálogos. Fizemos um documento com sugestões e queremos entregá-los na Prefeitura e Karnak com nossos pontos discutidos”, disse ao OitoMeia.

Um desses pontos está a questão das delegacias, que segundo Marta ainda não oferece “a estrutura básica” para que uma mulher denuncie e saiba que está protegida ao voltar para casa ou ir ao trabalho. Ela também critica a ideia de “morte por traição e ciúmes”, enquanto crime passional, quando na verdade, os casos de feminicídio são “brutais e remete a um grande sofrimento à mulher”. Os outros pontos estão na carta-proposta que deve ser entregue aos governantes durante a realização da passeata.

A marcha acontece todos os anos e na edição 2018 vai ter início as 7h30.

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Marcha contra feminicídio acontece no dia 21 de junho (Foto: Divulgação)

CASOS EM UM MÊS

Só no mês de maio foram quatro casos de feminicídio com uso de arma branca e requintes de crueldade. Em 15 de maio, a cabeleireira Aretha Dantas foi morta com 20 facadaspelo ex-namorado Paulo Neto e depois abandonada na avenida Maranhão. Dois dias depois, Gisleide Alves também foi morta com 16 facadas pelo companheiro dentro de casa, após recebê-lo de Ribeirão Preto-SP para uma visita.

No dia 31, Joana D’arc Silva foi morta pelo marido na frente do filho de 4 anos na Vila Wall Ferraz, região do Grande Promorar, zona Sul de Teresina. Ela levou nove golpes de facão em várias partes do corpo.

No litoral do Piauí, apenas três dias depois, uma professora chamada Silene também foi morta pelo marido com 26 facadas dentro de casa. 

Fonte:Oitoemeia

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