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Idosa ‘conversa’ com familiares no próprio funeral graças à IA; entenda

O empresário Stephen Smith utilizou uma tecnologia de inteligência artificial (IA) para fazer com que sua falecida mãe, Marina Smith, pudesse “conversar” com os convidados do próprio funeral, em Nottingham, Reino Unido. Em uma espécie de vídeochamada, a idosa, que faleceu em junho de 2022 aos 87 anos, parecia ouvir a perguntas feitas por parentes e amigos. Logo em seguida, após um breve delay para o processamento da IA, Marina Smith respondia os questionamentos de forma adequada, criando a ilusão de um bate-papo em tempo real.

A tecnologia utilizada é da empresa StoryFile, da qual Stephen é cofundador. Ao site da BBC, o empresário ainda afirmou que, no vídeo-lembrança, sua mãe revelou aspectos muito importantes da vida dela para as pessoas que mais amava. “Isso foi muito significativo”, completou. Marina Smith era educadora e ficou conhecida por seu ativismo em questões sobre o holocausto. Também foi cofundadora de uma fundação que leva o seu nome, a Marina H. Smith Foundation.

Para que a tecnologia pudesse funcionar, Stephen utilizou 20 câmeras sincronizadas para filmar a mãe em vida respondendo a diversas questões. Isso porque é preciso que a pessoa que aparecerá no vídeo tenha resposta para uma série de perguntas que poderão ser feitas. Em seguida, os especialistas de sua empresa separaram todo esse material em trechos, para que a IA pudesse usá-lo no momento das perguntas.

Quando recebe um questionamento, a inteligência artificial seleciona o clipe mais adequado para usar como resposta. Caso não haja um trecho suficientemente adequado para responder à pergunta, a pessoa é incentivada a perguntar outra coisa. Vale ressaltar que não se trata de deepfake ou alguma outra técnica similar. A tecnologia usa falas reais da Sra. Smith gravadas e selecionadas em clipes, o que dá um ar mais natural à conversa virtual, em comparação a outras abordagens.

Em certo momento da despedida, depois de Stephen perguntar sobre o que ela poderia falar sobre o próprio funeral, Marina Smith “responde” que “está agradecida por encontrar pessoas tão boas, que influenciaram a sua vida”. Ao site da BBC, o empresário ressaltou que essa foi uma forma de a sua mãe estar “presente, em certo sentido”, e fazer as pessoas se emocionarem.

Apesar de inusitadas, tecnologias que “recriam” os mortos não são uma novidade. Um programa de televisão da Coréia do Sul conseguiu, em fevereiro do ano passado, reproduzir a voz do cantor Kim Kwang-seok, que morreu com 25 anos. O método, porém, é bem diferente do relatado acima. A inteligência artificial precisou “ouvir” 700 músicas de artistas diferentes para poder aprender sobre entonação e ritmo. Depois, os programadores incluíram 20 músicas de Kwang-seok para ajudá-la a recriar a voz do cantor.

Fonte: TechTudo com informações de BBC e PetaPixel

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