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Índios fazem manifestação na frente do Palácio do Planalto

Dezenas de índios fizeram na tarde desta quinta (18) uma manifestação diante do Palácio do Planalto, em protesto contra proposta de emenda constitucional que retira do Executivo e transfere para o Legislativo a autonomia para decidir sobre demarcação de terras indígenas (veja no vídeo ao lado, do G1). Eles também querem a revogação de uma portaria que proíbe a ampliação de terras indígenas já demarcadas

Os índios reivindicavam ser recebidos em audiência pela presidente Dilma Rousseff. No momento da manifestação, a presidente não estava no palácio. Quinze minutos antes, ela havia deixado o Palácio da Alvorada, residência oficial, para viajar para Lima, no Peru, onde participará de reunião da Unasul (União das Nações Sul-Americanas). Na última terça, em outra manifestação, os indígenas ocuparam o plenário da Câmara dos Deputados.

No final da tarde, o secretário nacional de Articulação Social, Paulo Maldos, propôs às lideranças indígenas uma reunião nesta sexta com os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) e José Eduardo Cardozo (Justiça), mas eles recusaram porque insistem em um encontro com a presidente.

“Já conversamos com ministros demais. Enquanto não marcarem uma agenda [com Dilma], continuaremos insistindo”, afirmou Sonia Guajajara, coordenadora da Coordenação dos Povos Indígenas do Brasil. Segundo ela, o grupo pretendia passar a noite diante do palácio “cantando e dançando”.

Protesto
Durante a manifestação, os índios usavam chocalhos e gritavam em coro “Dilma assassina”. “Ela [Dilma] está violentando e estuprando a Constituição. Não vamos aceitar enterrar nossos espíritos”, disse Marcos Apurinã, coordenador geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira.

Não houve tentativa de invasão do Palácio do Planalto, sede do governo. Por precaução, seguranças fizeram um cordão humano na frente da porta de vidro da entrada do palácio, que foi fechada.

A PEC que os índios tentam derrubar já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e terá  de ser apreciada por uma comissão especial antes de ir à votação no plenário da Casa. Atualmente, o Ministério da Justiça edita decretos de demarcação a partir de estudos feitos pela Funai.

 

 

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