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Melhorar a musculatura íntima, promover melhoria no sexo e prevenir doenças; conheça o trabalho da fisioterapia pélvica

A fisioterapia pélvica é a área preventiva e reabilitadora que trata do assoalho pélvico (agrupamento de músculos, ligamentos e fáscias) que fica na parte inferior da pelve, popularmente chamada de bacia. Ele funciona como um piso para de sustentação para os órgãos abdominais e pélvicos, além de desempenhar função urinária, sexual e anorretal. 

A função da fisioterapia é evitar desordens no assoalho pélvico, como a perda de urina, gases e fezes de forma involuntária; descida de órgãos como a bexiga; falta de lubrificação e orgasmos; evitar as dores no sexo e até mesmo a constipação intestinal.

Tivemos um bate-papo com a fisioterapeuta Sallma Lima para debater essa área de atuação da fisioterapia.  

Segundo Sallma, a fisioterapia pélvica engloba desde a criança que não saiu das fraldas a partir dos 5 anos, até a idosa que perde urina sem querer. Para tentantes, gestantes e mulheres no pós-parto que sofrem com o peso do bebê aumentando sobre esses músculos durante os 9 meses de gestação. Aquelas que têm cólicas, endometriose, as que tem dor na penetração, durante ou após o sexo.

Ela informa que, a fisioterapia pélvica consegue evitar condições e agravos futuros, com pelo menos uma consulta preventiva anual. São incontinência urinária e fecal, prolapsos de órgãos pélvicos, vulvodínia, vaginismo, dispareunia, flatos vaginais, dificuldade de ereção, dificuldade na lubrificação, ausência do orgasmo, ejaculação precoce e retardada. 

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Fisioterapeuta pélvica Sallma Lima

“Homens e mulheres devem uma vez por ano visitar a fisioterapeuta pélvica, assim como visitam o urologista e o ginecologista”, reitera Sallma Lima. Outra importante atuação da fisioterapia pélvica é no que diz respeito à recuperação de doenças como cânceres, neste sentido a fisioterapeuta diz que:  

“Nos casos de câncer de colo de útero, mama e próstata, a fisioterapia vai tratar queixas comuns, como, a dificuldade nas relações sexuais. Mulheres sofrem com efeito da radiação com atrofia vaginal, dificuldade na lubrificação que gera até dor. Os homens têm uma porção retirada da uretra durante a cirurgia, levando a perda de xixi e disfunção erétil. No câncer de mama, a paciente tem a retirada dos linfonodos, o que produz edema, diminui a amplitude de movimento, até pentear cabelo ou levar a colher a boca precisa de ajuda. Devolvemos a função nesses casos”. 

Fisioterapia pélvica durante a gestação 

Em se tratando de gravidez, a fisioterapia pélvica é essencial porque no processo há uma sobrecarga dos músculos íntimos com o peso do bebê, levando a pré-disposição de incontinência urinária, principalmente. 

“Os exercícios realizados antes da gestação, durante e após tem o objetivo de evitar as disfunções pélvicas ou tratá-las quando se manifestam. Além disso, o corpo feminino altera-se na postura, no abdômen, aparecem as dores como a lombalgia e na virilha, surge o inchaço, indisposição. Tudo isso é tratado na fisioterapia pélvica/obstétrica para proporcionar uma gestação saudável a paciente”, afirma Sallma.

 A fisioterapeuta ainda explica que a partir do primeiro trimestre, se não há riscos, a paciente inicia a fisioterapia sabendo que o seu bebê poderá ter um desenvolvimento melhor, evitará diástase patológica, hipertensão arterial, diabetes e incontinência urinária. 

“Os exercícios não são feitos de forma aleatória, são específicos para cada fase da gestação, do primeiro ao quarto trimestre que é o pós-parto. Todos precisam de monitoramento de sinais vitais e são anotados os parâmetros, de modo a evitar complicações. Se a paciente já apresenta diabetes e hipertensão conseguem minimizar os danos com a fisioterapia feita regularmente”.

A fisioterapia pélvica e o sexo 

A fisioterapia pélvica também atua na vida sexual podendo melhorar o desempenho de homens e  mulheres.  “Os músculos íntimos apresentam essa função. São eles que proporcionam a irrigação sanguínea dos órgãos genitais, promovem a ereção do pênis e clitóris, lubrificando mais facilmente a vagina, resultando no orgasmo. Mulheres que sentem dores sexuais precisam entender que não estão no padrão normal. Dor no sexo implica em tensão nos músculos, pontos de dor dentro do canal vaginal e contraturas. A Fisioterapeuta libera, relaxa e alonga esses músculos e elas param de sentir dor. Se por acaso, você tem dor, não tem lubrificação satisfatória, não tem orgasmo e tem pum vaginal nas posições do sexo, seu assoalho pélvico demonstra sinais de disfunções”, explica.

É importante que as mulheres frequentem um fisioterapeuta pélvico com certa frequência, igualmente o ginecologista. “Uma vez por ano as mulheres vão ao ginecologista, às vezes, os exames estão em ordem, mas, apesar disso, elas podem sentir dor ou a vagina mais frouxa, por exemplo. Então, provavelmente, o problema que ela apresenta é muscular”, acrescenta Sallma. 

A fisioterapia pélvica consegue detectar através da avaliação como anda os músculos íntimos e promover o tratamento para obtenção da cura. As avaliações do Ginecologista e Fisioterapeuta são complementares e não podem andar isoladas, já que os músculos ficam fracos quando não exercitados todos os dias.

Por Sheron Weide

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