Pular para o conteúdo

Mulheres ao redor do mundo organizam greve no 8 de março

O conservadorismo que inunda diversos países a passos largos bate de frente com uma oposição que pretende se fortalecer cada vez mais: a chamada “maré feminista”. Para esta quarta-feira, 8 de março, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, mulheres de diversas regiões do mundo organizam uma greve internacional com adesão de 40 países.

8m

Com o mote “Se nossas vidas não importam, que produzam sem nós”, já são mais 30 cidades brasileiras que participarão da paralisação com eixos consensuais, entre eles: contra a violência doméstica e sexual; contra a violência de gênero e raça; pela legalização do aborto e contra a reforma da Previdência perpetrada no País pelo governo em exercício.

“O mundo está se dando conta de que as mulheres vão reagir. É uma maré feminista. Quem acompanhou as últimas mobilizações consegue perceber que não é algo efêmero, mas sim algo que está sendo construído há algum tempo. O patriarcado quer que fiquemos confinadas no espaço doméstico, mas ao ocuparmos as ruas temos um potencial muito grande. Podemos construir um movimento coeso e que seja persistente, pra que consigamos reagir rápido aos ataques de direitos”, afirma Mariana Bastos, jornalista, administradora da página feminista Hermanas e uma das mulheres que têm dedicado seu tempo à organização da paralisação no Rio de Janeiro.

A organização do 8M Brasil, como está sendo chamada a greve internacional no País, é de caráter horizontal e participativo. “Há uma necessidade de colocar nossos corpos na rua e barrar esse avanço conservador. No Brasil, mulheres morrem todos os dias e muitas não viram notícia. O feminicídio é o descaso do Estado, que falha em nos proteger. Não respeitam nossas vidas, que produzam sem nossa força de trabalho”. complementa a jornalista.

De acordo com o Mapa da Violência de 2015, resultado de estudos feitos pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), o Brasil é o 5º País do mundo em que se mata mais mulheres. No período entre 2003 e 2013, foram 13 feminicídios por dia. Um aumento de 21% no número de morte de mulheres brancas e de 54,2% em homicídios de mulheres negras.

No evento do Facebook, o 8M Brasil dá sugestões às mulheres que queiram se juntar à mobilização, como por exemplo: interromper as atividades laborais remuneradas por uma jornada ou parar o trabalho durante uma hora, chamada Hora M, que será definida localmente; parar por um dia atividades domésticas; vestir uma peça de roupa ou adereço da cor lilás como símbolo de participação do movimento ou colocar bandeiras lilás na janela ou no carro; e ocupar as ruas participando de atos organizados por diversos coletivos.

Informações: Caros Amigos

Comentários
Publicidade

Deixe um comentário

Aviso: os comentários são de responsabilidade dos seus autores e não refletem a opinião do Portal Integração. É proibida a inclusão de comentários que violem a lei, a moral e os princípios éticos, ou que violem os direitos de terceiros. O Portal Integração reserva-se o direito de remover, sem aviso prévio, comentários que não estejam em conformidade com os critérios estabelecidos neste aviso.

Veja também...

Portal Integração