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Nova Evangelina Rosa é inaugurada como a maior maternidade pública do Brasil

A nova Maternidade Dona Evangelina Rosa, situada na Avenida Presidente Kennedy, zona Leste de Teresina, abriu oficialmente suas portas nesta sexta-feira (28) com a missão de receber as pacientes do antigo prédio hospitalar e de se estabelecer como maior centro de saúde público especializado no atendimento à mulher e a recém-nascidos do Brasil.

O Governo do Piauí investiu R$ 175 milhões, sendo R$ 129 milhões provenientes de recursos do Tesouro Estadual e R$ 46 milhões do Orçamento Geral da União, na unidade que vai vai assistência nas áreas de enfermagem obstétrica e neonatal, psicologia, fisioterapia, nutrição, serviço social, terapia ocupacional, fonoaudiologia, biomedicina, farmácia, engenharia clínica e odontologia.

Governo do Piauí investiu R$ 175 milhões na construção da Maternidade - Foto: Gabriel Paulino/CCOM

Participaram da cerimônia de inauguração da maternidade o governador Rafael Fonteles (PT), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias.

Em seu discurso, o governador Rafael Fonteles (PT) falou que o atendimento humanizado será a marca da nova unidade de saúde, que vai receber 1.842 funcionários ao todo; sendo 149 médicos, 281 enfermeiros, 656 técnicos e auxiliares de enfermagem e 126 pessoas do setor administrativo.

“Um dia muito feliz hoje para o Estado do Piauí, um dia histórico e muito importante para os piauienses, assim como para as autoridades que contribuíram para esse grande marco na saúde pública. Setecentas mil vidas nasceram na antiga Maternidade Evangelina Rosa e é uma honra contribuir com esse sonho de muita gente, realizado por muitas pessoas. Inúmeras especialidades de saúde serão prestadas para essa nova maternidade, entre elas, destaco a especialmente o excelente trabalho que vai ser realizado nessa instituição de maternidade e o atendimento multidisciplinar humanizado que será aplicado, desde a porta de entrada até os procedimentos mais complexos. Esta será a valorização da maternidade. Processos humanos para proteger, dar autonomia e impedir qualquer tipo de violência contra mães e bebês. Não é apenas a grandiosidade do prédio ou os quase 300 leitos, mas também os investimentos em recursos que marcarão a história da saúde do Piauí”, falou Rafael Fonteles.

A ministra da saúde, Nísia Trindade, relembrou a época em que teve acesso ao sistema de saúde do Piauí, ainda em 2010, enquanto pesquisadora e vice-presidente da Fiocruz. Segundo ela, o estado adota um modelo de saúde que serve como referência para a aplicação em grandes cidades e que irá se beneficiar com a instalação da nova maternidade.

“Desde 2010, quando era vice-presidente da Fiocruz, e me sinto muito feliz porque sempre mantive estreitas relações com o Piauí e a Fiocruz, e agora integro a equipe do presidente Lula. Estou confiante de que, na área da saúde, poderemos reduzir as desigualdades no processo e ter sucesso. Estamos em um processo de reconstrução de todas as ações do Ministério da Saúde, incluindo a sua coordenação nacional. Esse trabalho envolve o Governo Federal, os governos estaduais e municipais, pois só assim poderemos garantir uma saúde de qualidade para todos”, afirmou.

A ministra comentou que vai trabalhar para fortalecer a atenção à saúde da mulher no estado do Piauí, focando no atendimento ao parto e enfrentando o desafio da mortalidade de grávidas e puérperas, tendo em vista que o número de óbitos maternos registrado no Brasil em 2021 foi o maior em 22 anos. “Nos últimos 4 anos, tivemos um aumento inaceitável de mortes de grávidas e puerpéras e agora vamos trabalhar juntos e tornar a Maternidade Evangelina Rosa uma referência no SUS em nível de atendimento especializado”, contou.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, acrescentou que o presidente Lula (PT) vai reforçar os repasses para a saúde de bebês e mulheres no SUS.

“Nas primeiras medidas do governo Lula em relação às políticas de saúde para mulheres, nós coversamos que a gestão provocaria um articulação com os estados para garantir todo apoio ao acompanhamento de mulheres grávidas e no pós-parto. São ações que vão reduzir óbitos e aumentar a expectativa de vida da população”, falou.

Ministro Wellington Dias, Ministra Nísia Trindade e Governador Rafael Fonteles - Foto: Gabriel Paulino/CCOM

O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Franzé Silva, afirma que a inauguração da maternidade vai oferecer à população piauiense um serviço completo de atendimento à mulher e recém-nascidos. “É um prédio gigante e dedicado para cuidar do nosso futuro. A maternidade Evangelina Rosa será dedicada ao apoio da saúde de todos, sem exceção. É um marco para nossa história”, falou.

Dos 293 leitos, 174 são de enfermaria; 30 de UTI Neonatal; 30 de UTI Neo Intermediária (UCINCO); 15 leitos UCINCA – Canguru; 20 leitos UTI Adulta; 6 leitos de Observação Pronto Atendimento e 12 leitos de quarto PPP (pré-parto, parto e puerpério).

A unidade de saúde conta também com 6 salas de Centro Cirúrgico, e 3 salas do Centro de Parto Normal (CPN), que começam a funcionar no mês de novembro deste ano.

A nova Evangelina Rosa vai oferecer mais de 20 especialidades médicas e cobrir diversas áreas de atendimento para gestantes e recém-nascidos de alto risco no Piauí. Entre as especialidades disponíveis, estão obstetrícia, pediatria, neonatologia, cardiologia, ginecologia, entre outras.

O CPN, caracterizado como Tipo II, foi ampliado em relação ao prédio anterior e contará com três salas pré-parto, parto e puerpério (PPP), com o objetivo de oferecer um atendimento mais humanizado e focado na autonomia da mulher e no respeito ao processo de nascimento. Essa iniciativa segue as recomendações do Ministério da Saúde e a Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (PNH/SUS).

O Banco de Leite Humano da Maternidade Dona Evangelina Rosa vai ter sua capacidade de atendimento dobrada. A maternidade também vai se dedicar ao ensino e à pesquisa, oferecendo espaços para salas de aula, um auditório com capacidade para 100 pessoas e um laboratório de simulação realística.

Nesta primeira etapa de inauguração, entram em operação os serviços de ambulatório e área administrativa. Em outubro, na segunda etapa, todos os demais serviços serão oferecidos e a nova Evangelina Rosa passará a atender a população com total capacidade.

 

Fonte: Meio Norte

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