Quando um jovem ingressa na Universidade, tem a expectativa de sair preparado para assumir uma profissão e ter sucesso na sua região como profissional. Em Oeiras não é diferente. Os jovens da Capital da Fé tem o desejo de ingressar no mercado de trabalho da sua terra natal e ser bem sucedidos na sua área de atuação. Conversamos com o jovem Médico Veterinário, Jefferson Luís, formado em 2013 pela Universidade Federal do Piauí. Ele falou sobre as dificuldades que um novo profissioanal da área enfrenta na região de Oeiras, e deu conselhos aos novos acadêmicos.
CONFIRA A ENTREVISTA:
Como e quando se interessou pela área da Medicina Veterinária?
O interesse já vem de família mesmo. Meu pai, meu avo sempre tiveram um interesse por criação, tínhamos propriedades, roça, criávamos gado, então desde cedo tive contato com esse “mundo da roça”. Quando comecei a estudar não tive interesse, até por que no meu tempo o vestibular não era como hoje, e quando estava no terceiro, quando foi para escolher a área, passamos por profissionais qualificados para tentar dar um norte pra gente. E nessa passagem eu observei que minha afinidade era mais para área de agrárias, no caso a veterinária faz parte. A partir dai passei no vestibular para medicina veterinária. No começo foi tudo bacana, eu era um cara que morava no interior fui pra capital, tudo novo, foi um impacto positivo. Só que a partir dai, do primeiro período, quando passou aquele amor a primeira vista, começou a parecer as dificuldades, e eu não vou mentir, cursei o primeiro ano e no segundo abandonei, por motivos de concurso, pensei vou fazer outra coisa, só que não deu certo, e retornei a veterinária. Eu pensei no começo que não ia ser um profissional da medicina veterinária, por que não me encantou, por que cheguei lá pensando que era uma coisa e na realidade era outra. A partir dai, é como se fala por ai, você só sabe o valor quando perde, eu sai pesando que não gostava, e quando retornei percebi que era aquilo que eu queria, e não larguei mais o curso. Me formei em 2013 e desde então trabalho na área. Eu pessoalmente sou muito suspeito par falar, por que me apaixonei e gosto muito do que eu faço, e ainda me pagam como diz a história (risos).
Depois da conclusão do seu curso, você vem atuado na região de Oeiras. Você já pensou em trabalhar em outras regiões?
O que eu quero é expandir o máximo a minha área de trabalho. Atualmente estou trabalhando na Prefeitura de Cajazeiras e aqui na região de Oeiras, mas não me privo de ir em outros lugares, o pessoal me liga e se eu puder ir eu vou, se não puder ir fisicamente, dou assistência por telefone, mas a preferencia é ir de encontro ao criador.
Você já enfrentou ou enfrenta alguma dificuldade por ser um profissional novo na região?
Sempre tem a resistência dos mais velhos e daqueles que já estão no mercado há muito tempo, mas isso aos poucos ela vai sendo vencida, por que as pessoas começam a ver meu trabalho, e vão começando a abrir brechas e é nessas brechas que vou entrando e mostrando meu trabalho e vou conseguindo minha clientela. Mas assim, de inicio aqui em Oeiras alguma pessoas viciaram muito mau a população, no sentido de prestar o serviço e não cobrar. Eu penso de outra forma. Passamos muito tempo estudando e sofrendo, então temos que valorizar o que a gente é, então eu cobro, muita gente não gosta, mas é tudo acordado, por exemplo, a pessoa me liga queria que você dessa uma olhada no meu animal, então eu falo vou mas cobra tanto por aquilo e posso cobrar tanto pelo que eu posso fazer, então tem pessoas que tem resistência, e não é falta de compromisso com minha profissão, mas eu vivo disso e não posso trabalhar de graça para ninguém.
Outra dificuldade na minha questão é como sou novo na cidade muitas pessoas não me conhece e por essa fato acabam não me procurando, eu já falei isso uma vez na rádio, que as vezes eu fico muito triste quando acontece alguma coisa com um animal, e eu sei que eu poderia tenra ajudam tentar reverter, e as pessoas não me ligam, ou por falta de conhecimento sobre mim ou por as vezes achar que eu não sou competente, essa parte me deixa triste.
Qual seu recado para os acadêmicos que estão iniciando agora na medicina veterinária e almejam atuar na região de Oeiras?
O Recado que eu deixo pra quem é acadêmico de medicina veterinária ou de qualquer outra área é que Oeiras precisa muito de profissionais. Algumas pessoas podem falar : Oeiras não tem vaga. Mas eu digo a todos, tem sim, pra quem quer trabalhar tem vagas em todas as áreas. Eu mesmo tem dia que eu não dou conta de tanto serviço. Então se você pretende vir para cá, venha, se precisar de mim me procure, pois estou aberto para ajudar todo mundo, até por quando eu era acadêmico eu também necessitava que as pessoas me ajudassem, e por que não ajudar quem precisa?. Eu estou aqui pra fazer parceria, eu não trabalho só, eu trabalho em grupo, eu estou aberto pra novas amizades.
