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Peixe elétrico dá choque e mata crianças durante pescaria no Maranhão

Duas crianças identificadas como Widean Ferreira da Conceição, 12 anos e Lucas Ruan Rocha dos Santos, de 09 anos, morreram no início da noite desta terça-feira, 30, após sofrerem uma descarga elétrica de puraqué, peixe típico da região amazônica. O fato ocorreu em um lago no bairro Trizidela, em Bacabal-MA, onde havia uma pescaria.

As crianças estavam acompanhadas quando se desvencilharam dos cuidados dos responsáveis que já se deram conta pelo movimento feito pelas crianças que foram resgatadas por adultos, mas, infelizmente vieram a óbito. Os pescadores perceberam que as crianças estavam morrendo quando viram movimento feito por elas por causa da descarga elétrica. As  crianças foram resgatadas,  mas não resistiram a descarga elétrica.

O poraquê (Electrophorus electricus) é uma espécie de peixe actinopterígio, gimnotiforme, que pode chegar a dois metros de comprimento e pesar cerca de vinte quilogramas. É uma das conhecidas espécies de peixe-elétrico, com capacidade de geração elétrica que varia de cerca de trezentos volts,  cerca de 0,5 ampères até cerca de 860 volts a cerca de três ampères.

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O termo “poraquê” vem da língua tupi e significa “o que faz dormir” ou “o que entorpece”, em referência às descargas elétricas que produz. Além deste nome, também é chamado de enguia, enguia-elétrica, muçum-de-orelha, pixundé, pixundu ou peixe-elétrico (embora não seja o único peixe-elétrico existente). É típico da Bacia amazônica (rios Amazonas, Orinoco, Madeira), bem como dos rios do estado brasileiro do Mato Grosso, Rondônia. Também encontra-se em quase toda a América do Sul.

O poraquê ficou conhecido mundialmente por sua capacidade de produzir descargas elétricas elevadas, suficientes para matar até um cavalo, despertando a curiosidade de muitos pesquisadores. Essas descargas são produzidas por células muscularesespeciais, modificadas – os eletrócitos, sendo o conjunto deles denominado de mioeletroplacas. Cada célula nervosa típica gera um potencial elétrico de cerca de 0,14 volt. Essas células estão concentradas na cauda, que ocupa quatro quintos do comprimento total do peixe.

Um exemplar adulto possui de 2.000 a mais de 10.000 mioeletroplacas, conforme o seu tamanho. Dispõem-se em série, como pilhas de uma lanterna e ativam-se simultaneamente quando o animal encontra-se em excitação, como na hora da captura de uma presa ou para defender-se, fazendo com que seus três órgãos elétricos – o de Hunter e o órgão principal – descarreguem.

A maior parte desta energia expressiva é canalizada para o ambiente, não afetando o indivíduo, o qual possui adaptações especiais em seu corpo, ficando, assim, como que isolado de sua própria descarga.

Embora pareça uma enguia, o poraquê é um peixe aparentado com a carpa e o bagre. Ao contrário destes, porém, ele captura suas presas utilizando descargas elétricas. As descargas elétricas podem chegar à tensão elétrica de 1500 volts, com uma corrente elétrica de até três ampères. Isso não significa que haja simultaneidade dos dois valores máximos. Além disso, o valor da corrente é determinado não apenas pela tensão aplicada, mas também pela resistência elétrica do alvo.

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O poraquê é capaz de produzir descargas elétricas de magnitude (em tensão) variada, tensão a depender apenas do animal (conforme o tamanho) — arma que usa para se defender e caçar pequenos peixes, bem como para se defender de eventuais ameaças, predatórias ou não. De certa maneira, o poraquê comporta-se como uma bateria elétrica. Seu polo negativo está localizado na parte da frente e o polo positivo na parte de trás do corpo do animal. O choque é mais forte quando ambos os polos tocam a vítima ao mesmo tempo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Portal C7

 

 

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