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Perfis em rede social reúnem denúncias de possíveis fraudes no sistema de cotas da UFPI

Dois perfis no Twitter reuniram, nessa quinta-feira, 04, denúncias de possíveis fraudes no sistema de cotas da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Horas depois de expor pelo menos sete supostos alunos da instituição que teriam se autodeclarado pretos, pardos ou indígenas, mas que não se encaixam no sistema, uma das contas foi tirada do ar.

Procurada pelo G1, a UFPI afirmou que investiga todas as denúncias apresentadas, respeitando, sempre, a devida tramitação do processo legal e o direito ao contraditório e à ampla defesa. (Leia a nota na íntegra ao fim da reportagem)

Perfil denunciou cerca de 10 possíveis fraudes no sistema de cotas da UFPI — Foto: Reprodução/Twitter

Além das fotos dos supostos alunos, o perfil denominado “Fraudecotapi” publicou trechos de listas com os nomes deles nos campos destinados aos estudantes que se encaixam no sistema de cotas da UFPI.

“O que estamos fazendo é só mostrar as falhas do sistema para que sejam corrigidas as injustiças”, publicou o perfil.

Dentre as denúncias estão alunos do curso de medicina e ciências contábeis nos campus da instituição em Teresina, Parnaíba e Picos.

UFPI investiga possíveis fraudes no sistema de cotas após denúncias em rede social — Foto: Reprodução/Twitter

Ao todo, pelo menos 10 pessoas foram denunciadas. Após o perfil “Fraudecotapi” sair do ar, as denúncias continuaram no “FraudadorcotaPI”.

“Pedimos que tenham cuidado com as denúncias, não queremos constranger ninguém por uma análise equivocada. Nossa intenção não é incitar o linchamento virtual dos envolvidos”, publicou a conta na rede social.

Leia a nota da UFPI na íntegra:

Vimos a público reiterar o compromisso da Universidade Federal do Piauí com a sociedade brasileira quanto ao integral cumprimento do disposto legal que regulamenta o acesso ao Ensino Superior pela modalidade de cotas, determinado pela Lei Federal nº12.711/12.

Assim sendo, reafirmamos que não compactuamos com quaisquer tipos de ações fraudulentas que retirem o direito à Educação Pública, Gratuita e de Qualidade conquistados pela população brasileira.

Compreendemos que as cotas se constituem como um importante mecanismo de enfrentamento ao racismo e ao preconceito em nosso país, assim como permitem a reparação de desigualdades econômicas, sociais e educacionais determinadas historicamente no Brasil.

Esclarecemos, ainda, que, a partir do processo seletivo SISU 2019.2, adotamos a validação racial, mediante à implantação das Comissões de Validação de Autodeclaração Étnico-racial, como aprimoramento do processo de seleção para nossos cursos de graduação, bem como numa tentativa de reduzir investidas fraudulentas.

Além disso, a UFPI tem assumido como padrão de conduta a investigação de todas as denúncias apresentadas, respeitando, sempre, a devida tramitação do processo legal e o direito ao contraditório e à ampla defesa, assim todos os casos apresentados são e continuarão sendo devidamente apurados.

Por fim, reiteramos nosso compromisso com a busca pela garantia de que os verdadeiros destinatários das ações afirmativas sejam, de fato, aqueles a ocuparem as vagas que lhes são asseguradas, pois só assim poderemos contribuir institucionalmente para a produção de uma sociedade mais justa e cônscia de seus direitos e deveres.

Fonte: G1 PI

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