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Piauí tem deficiência de 300 professores de Educação Física

As escolas públicas do Piauí tem uma carência de pelo menos 300 professores de educação física. O estado fez um concurso público para contratar profissionais, mas abriu inscrições até para estudantes que não podem exercer a profissão. O problema não foi resolvido. Em algumas escolas de Teresina, mesmo que tivesse educador não teria como ter aulas.

Educador fisico

Sem uma quadra de esportes é num espaço improvisado que os alunos da unidade escolar Joaquim Calado, no bairro Satélite, Zona Norte da capital, praticam educação física. Para o estudante Geivison Sousa, com o piso quebrado é difícil jogar futebol. “Nós trazemos bola e jogamos com a turma só que não temos quadra nem nada para praticar esportes”, disse.

Além de não ter um local adequado para a prática de esportes, os estudantes ainda não contam com a orientação de um professor de educação física. De acordo com o Ministério da Educação, a disciplina é obrigatória nas escolas que tem os ensinos infantil e médio, mas no colégio Joaquim Calado desde fevereiro 500 alunos estão sem ter as aulas teóricas e práticas da matéria.

Segundo a diretora da escola Maria das Graças Oliveira, a educação física é uma disciplina reprovativa como outra qualquer. “É importante que todas as escolas tenham a matéria, pois assim facilita o aprendizado e ajuda os alunos a praticarem atividades físicas”, falou.

Um levantamento feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação, mostrou que o Piauí necessita de pelo menos 300 professores de educação física. A Secretaria de Educação do Estado tentou resolver o problema realizando em janeiro deste ano um concurso público, mas o Conselho Regional de Educação Física secção Piauí (CREFI), entrou com uma liminar na justiça impedindo que os aprovados fossem convocados. Isso porque o edital permitia também que estudantes a partir do 5º bloco do curso pudessem participar da seleção.

De acordo com Dannys Queiroz, presidente do CREFI, a iniciativa é válida, porém o edital não exigia a graduação o que é proibido por lei. “O exercício profissional é específico para graduados e vinculados junto ao conselho. Então para proteger a sociedade decidimos entrar na justiça”, relatou.

Mas quem não é estudante e foi aprovado no concurso não foi convocado. Uma mulher pós-graduada em educação física que não quis se identificar passou no concurso e aguarda ser convocada. “A gente estuda, se qualifica, faz o concurso e passa e não somos convocadas e nem diz o porquê”, reclamou a mulher. Ninguém da Secretaria Estadual de Educação foi encontrado para falar sobre as denúncias.

 

 

G1 – Piauí

 

 

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