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PIB anda de lado e cai 0,1% no segundo trimestre com queda na indústria e no agronegócio

Colheita de soja em Santa Cruz do Rio Pardo (Brasil), em março deste ano.

Colheita de soja em Santa Cruz do Rio Pardo (Brasil), em março deste ano.PATRICIA MONTEIRO / BLOOMBERG

economia andou de lado no segundo trimestre deste ano, e o Produto Interno Bruto (PIB) registrou um resultado de -0,1% entre abril e junho, na comparação com o trimestre anterior, segundo dados divulgados nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao primeiro trimestre do ano passado houve uma alta de 12,4%. A base de comparação, no entanto, leva em conta justamente o período mais complicado da pandemia de coronavírus em 2020.

O consumo das famílias também empatou com o primeiro trimestre, o que aponta para um efeito limitado do auxílio emergencial do Governo e da leve melhora no mercado de trabalho, uma vez que a renda não vem se expandindo. Do lado da oferta, os investimentos produtivos feitos por empresas (em novos negócios ou bens de capital) recuaram 3,6% em comparação com o trimestre anterior.

Entre janeiro e março, a atividade econômica havia crescido 1% na comparação com o mesmo trimestre de 2020, e 1,2% em comparação aos três meses anteriores (outubro a dezembro do ano passado). Os números do IBGE destacam a alta da balança comercial de 9,4% das exportações, especialmente a safra de soja, beneficiadas pela alta das commodities no mercado internacional.

Os dados do PIB chegam num momento de enorme tensão política no Brasil, que respinga na economia e mobilizou esta semana o empresariado a se manifestar pela estabilidade em prol dos negócios —incluindo os bancos, através da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro joga com arroubos autoritários, o Governo vem perdendo a confiança do mercado com a inflação em alta. A pesquisa Focus, do Banco Central, com as projeções de uma centena de instituições financeiras, já aponta para uma inflação de 7,27% este ano, o que deve impactar também no PIB. Segundo a Focus, a atividade econômica deve avançar 5,22% em 2021, abaixo do que estava sendo projetado no início deste mês (5,30%).

 

Reprodução: Jornal El País

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