Dois municípios do estado do Piauí ocupam lugares no ranking nacional do trabalho escravo em 2014. Picos e Parnaíba, cidades que ocupam o 3º e 5º lugar respectivamente, tiveram 113 trabalhadores identificados na condição análoga a de escravo, fazendo a coleta de palha da carnaúba.
Esses dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), data em que é celebrado o dia Nacional de Luta contra o Trabalho Escravo. O órgão realizou em todo o país 248 ações fiscais e resgatou um total de 1.590 trabalhadores da situação análoga a de escravo, em 2014.
Esses números são decorrentes das ações de fiscalização das equipes do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), diretamente vinculadas à Detrae e também da atuação dos auditores fiscais do Trabalho lotados nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) em todo país.
Os cinco estados em que mais ocorreram ações fiscais foram Minas Gerais, Pará, São Paulo, Maranhão e Tocantins, com o total de 136 ações fiscais.
As atividades com maior incidência de ações fiscais nas quais foram identificados trabalhadores em situação análoga à de escravo, em nível nacional, foram a Pecuária, Construção Civil, Indústria Madeireira, Agricultura e Carvão.
Por sua vez, as atividades nas quais houve o maior número de trabalhadores identificados, em nível nacional, foram Construção Civil, Agricultura, Pecuária, Extração Vegetal e Carvão, na qual foram resgatados 892 trabalhadores.
No Estado do Piauí, diversas instituições e órgãos trabalham juntos no chamado Fórum de Erradicação do Aliciamento e de Prevenção ao Trabalho Escravo no Piauí. Dentre as instituições destaca-se a Gerência de Enfrentamento ao trabalho Escravo, da Secretaria de Assistência Social do Estado do Piauí – SASC, que vem desenvolvendo desde 2008, ações de prevenção e enfrentamento à problemática de forma contínua e articulada.
*Com informações do MTE