Nesta quinta-feira, 01, a Polícia Civil de Oeiras deu cumprimento a um mandado de prisão contra F. G. C. acusado de estuprar a própria filha, na zona rural de Oeiras.

Em março deste ano, a mãe da adolescente procurou a polícia e revelou que a sua filha de 17 anos, lhe contou que desde seus 13 ano de idade vinha sendo abusada sexualmente por seu próprio pai F. G. C., e que os abusos iniciaram em meados do ano de 2016, e que estranhou quando a menor passou a dizer que não queria ir mais à casa do pai e que desde o início deste ano ela sempre dizia que tinha a algo a lhe falar e que era uma coisa seria, dava cadeia e que era caso de justiça.

A partir de então, a mãe ficou preocupada e percebia que a menor estava sem coragem, e só lhe contou da violência após ser encorajada pelo namorado.

Em depoimento à polícia, a menor afirmou que há cerca de 10 anos os seus pais são separados e ela é filha única do casal e desde então mora com a mãe, mas que frequentava a casa de seu pai, que mora sozinho na zona rural de Oeiras, aos finais de semana e nas férias escolares. Ela afirmou que os abusos começaram quando ela tinha 13 anos de idade e que o pai afirmava que o ato era bom para ela e que ele quem tinha que tirar sua virgindade, pois se fosse outro homem iria machucá-la.

Mesmo contra a sua vontade e reclamando de dores, ela disse que seu pai continuava com a violência e que chegava a dar-lhe remédios no dia seguinte e ainda a ameaçava dizendo para não contar para ninguém, pois se contasse ele iria ser preso e falava de um jeito insinuando que iria lhe bater. A adolescente afirmou que os abusos só cessaram por volta de novembro de 2018, quando a declarante se afastou dele e passou a não frequentar a sua casa e que em janeiro de 2020 comentou com seu namorado da violência sofrida, momento em que ele a encorajou a relatar o fato para sua mãe, o que ocorreu no último mês de março.

Após os depoimentos, a polícia encaminhou o caso à justiça e a prisão foi decretada após o juiz Rafael Palludo verificar a gravidade do caso, em concreto da conduta e a periculosidade do acusado e tendo em vista a forma como a violência aconteceu, consubstanciado em estupro de vulnerável, cometido em ambiente familiar, contra sua própria filha, mediante ameaça e prevalecendo-se da relação de subordinação da vítima e sua vulnerabilidade. O juiz destacou ainda o fato do desvirginamento da menor, determinação de uso de medicamentos para abortar, ameaça no caso de denúncia.

A partir disso foi decretada a prisão preventiva do acusado para a garantia da ordem pública, tendo em vista que o perigo gerado pelo estado de liberdade deste revela-se não só pela violência empregada, mas também pela necessidade de se salvaguardar a vítima do convívio com o mesmo e para evitar a perpetuação de outros delitos dessa natureza.

A prisão foi decretada neste dia 29 de setembro e cumprida na manhã desta quinta-feira, 01.

As informações são do Mural da Vila