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Presos da Custódia denunciam torturas e pedem ajuda da OAB

O diretor da Casa de Custódia, capitão Dênio Marinho, em entrevista ao Cidadeverde.com, negou que haja qualquer forma de maus tratos na penitenciária. “Essa administração vem fazendo um trabalho de aproximação com todos os detentos. Eu estou presente em todas as vistorias e posso garantir que essa afirmação de torturas não procede”, garantiu.

O capitão também negou a suspensão das visitas. “Desde ontem as visitas acontecem normalmente. O atraso de hoje foi por conta da vistoria que estava acontecendo lá dentro. A Secretaria de Justiça determinou que não houvesse restrição à visita e estamos cumprindo”, destacou.
Marinho ressaltou que desde as rebeliões ocorridas em outubro, todas as reivindicações dos presos estão sendo atendidas. “Eles não sabem mais nem o que pedir. Essa última rebelião foi sem motivo. Eles só queriam quebrar a Casa de Custódia”.
Ainda segundo o diretor da penitenciária, como medida de segurança, o secretário de Justiça, Henrique Rebelo, solicitou grupamentos especiais que estão pernoitando na Casa de Custódia todos os dias e auxiliando nos procedimentos de entrada e saída de presos.
Dênis Marinho confirmou que após as rebeliões alguns presos foram transferidos para penitenciárias de São Raimundo Nonato e Floriano. “Divulgamos uma lista com o nome dos transferidos, então, todos os familiares estão avisados”, disse.
Evelin Santos/Cidadeverde.com
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Carta supostamente enviada pelos detentos
Denúncia dos familiares
Os familiares dos presos da Casa de Custódia acionaram a Comissão de Direitos Humanos da OAB/PI após receberem uma carta dos detentos denunciando os maus tratos dentro da penitenciária.
Cidadeverde.com teve acesso ao conteúdo da carta, supostamente assinada por todos os detentos. Nela, os presos explicam que o novo “quebra-quebra” [referindo-se a rebelião ocorrida na noite de segunda (26)] foi motivado pelos espancamentos e torturas a que estariam sendo submetidos.
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A esposa de um dos presos, que prefere não se identificar, denunciou ainda que os presos estão sendo alvejados dentro da Casa de Custódia e mostrou cápsulas de bala que ela afirma ter encontrado no chão da área de visitação do presídio. “Essas cápsulas não são dos presos porque eles não têm armas lá dentro. Cada vez que acontece alguma rebelião, esses detentos são muito maltratados e proíbem a gente de visitá-los para que não possamos ver a realidade”, disse a mulher.
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A carta foi dada aos familiares durante visita na tarde de ontem (28). “Apenas os presos do Pavilhão A, que ficam em uma área isolada, não são espancados. Os demais são torturados sempre que passam pela triagem e durante a rebelião são alvejados não apenas por balas de borracha, mas por balas de verdade também”, disse outra esposa de preso, que também não quis se identificar. Ela conta ainda que não consegue ver o marido desde a última rebelião.
A carta é destinada à Corregedoria Geral e à Comissão de Direitos Humanos da OAB, à Secretaria de Justiça e à imprensa.
Fonte:  cidadeverde.com
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