O Partido dos Trabalhadores em âmbito nacional soltou nota condenando a atuação da Polícia Federal na Operação Satélites, deflagrada esta semana no Piauí.
O título da nota do PT no site institucional diz: “Nota do PT: ação no Piauí é mais um abuso da Polícia Federal de Moro”, em alusão ao ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro.
Em sendo assim e com mais de um dia de atraso a nota do PT nacional parece que mais procurou confundir do que esclarecer ou repudiar.
Primeiro que a ação da PF tem autorização da Justiça Federal, que não pertence a Moro, mas pertence a um outro poder. E tal ação está sob os olhos e acompanhamento de todos, inclusive da opinião pública.
Segundo, porque no pós operação, membros do governo disseram ser o caso da alçada de servidores. Ora, se membros do próprio governo dizem que o governo não tem nada a ver com isso e são só uns servidorzinhos larápios tocando o barco com ratos, por que mesmo o PT nacional saiu a público para abraçar-se ao governo local?
Outro trecho lacônico na nota é no ponto – como está no site do partido – que diz: “A intolerável utilização de agentes e poderes de Estado com objetivos políticos tornou-se marca do governo Bolsonaro, especialmente do Ministério da Justiça”.
Ocorre que quando essa investigação começou, não se sabia sequer que o atual presidente do barulho seria eleito e nem que Sérgio Moro se tornaria ministro. Portanto, a nota do PT Nacional equivoca-se mais de uma vez.
O posicionamento partidário também parece demonstrar uma certa insatisfação com a atuação da Polícia Federal na sede do governo, o Palácio de Karnak. Há quem interprete, no entanto, que o Karnak só foi alvo da ação da PF porque há um governo sob suspeição ocupando o Poder Executivo.
Por último a nota do PT diz que o partido está solidário com o povo do Piauí. Resta saber quanto tempo ainda o povo do Piauí estará solidário com o PT e os seus políticos satélites locais alocados em várias pastas de governo não menos suspeitas.
Segue a íntegra da nota assinada por Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT
Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados e Humberto Costa, líder do PT no Senado Federal.
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Nota do PT: ação no Piauí é mais um abuso da Polícia Federal de Moro
– A intolerável utilização de agentes e poderes de Estado com objetivos políticos tornou-se marca do governo Bolsonaro, especialmente do Ministério da Justiça
O Partido dos Trabalhadores denuncia ao país os abusos e arbitrariedades cometidos pela Polícia Federal de Sérgio Moro contra a sede do governo do Estado do Piauí desde a manhã de quarta-feira (25/09), em Teresina, e em repartições estaduais no município de Luís Correia.
Uma investigação sobre servidores e fornecedores, para a qual o governo do Estado vem contribuindo com todas as informações solicitadas, serviu de pretexto para mais uma operação espetacularizada e sem serventia para as apurações, com o claro objetivo de mobilizar a mídia e os setores de oposição ao governo estadual.
A intolerável utilização de agentes e poderes de Estado com objetivos políticos tornou-se marca do governo Bolsonaro, especialmente do Ministério da Justiça sob comando de Sergio Moro, inimigo declarado do PT e de suas lideranças.
Os abusos que muitas vezes contam com a conivência de setores do Judiciário já se fizeram sentir sobre os movimentos sociais, as universidades federais, o Congresso Nacional e atingem agora um governo estadual eleito e reeleito pela população.
Os avanços alcançados na área de Educação colocaram o governo do Piauí em posição de referência nacional e internacional. Por isso mesmo o governador Wellington Dias tem empenhado todos os esforços no bom funcionamento e no combate a desvios neste setor, escolhido como alvo das ações arbitrárias e midiáticas da polícia de Moro.
O PT está solidário com o companheiro Wellington Dias e com o povo do Piauí diante desta perseguição e dos abusos cometidos contra o governo estadual.
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT
Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados
Humberto Costa, líder do PT no Senado Federal
Brasília, 26 de setembro de 2019
Fonte: 180 Graus
