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Santos sofre com “estilo Libertadores”, vê estrelas apagadas e não se impõe na Vila

A volta do Santos à Libertadores certamente não foi como seus torcedores esperavam. Nesta terça-feira, na Vila Belmiro, o Peixe, líder do grupo G, parou diante do Olimpia, vice-líder. O time comandado pelo técnico Cuca não conseguiu se impor, mostrou dificuldades e empatou em 0 a 0.

Principal jogador do Santos, Marinho foi caçado em campo. Mesmo diante do estilo mais, digamos, “permissivo” dos árbitros em Libertadores, o camisa 11 sofreu sete faltas no empate com o Olimpia. Uma delas, inclusive, rendeu a expulsão de Rojas, volante paraguaio. Poderia ter sido mais.

O estilo “agressivo” do Olimpia dificultou a vida do Santos, que não se adaptou à mudança de estilo de jogo do Campeonato Brasileiro para a Libertadores. Além disso, os principais jogadores do time, como Marinho e Sánchez, não fizeram companhia à boa noite de Soteldo, e o Peixe não conseguiu se impor na Vila Belmiro.

Entenda, abaixo, o que atrapalhou os planos do Santos:

“O estilo de jogo”

Se contra São Paulo, Vasco, Atlético-MG e Flamengo o Santos encontrou espaço e, mesmo sendo atacado, conseguiu atacar, diante do Olimpia foi diferente. O Peixe encarou, nesta terça-feira, uma equipe muito mais aguerrida e preocupada com a marcação do que os adversários do Campeonato Brasileiro.

O Olimpia foi à Vila Belmiro com a missão de não deixar o Santos jogar – tanto que fez 18 faltas, sete só em Marinho. E conseguiu. Diante da forte marcação adversária, o Peixe teve dificuldades de chegar à área paraguaia.

Marinho foi caçado pelos adversários — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Em diversos lances, jogadores do Santos ainda ficaram no chão depois de choques, reclamando, mas viram o árbitro mandar o jogo seguir – a diferença de critérios entre Campeonato Brasileiro e Libertadores, sem dúvidas, pesou.

“Estrela solitária”

Destaque do Santos nas últimas partidas e até “abençoado” por Pelé, Marinho não se encontrou nesta noite na Vila Belmiro. O atacante passou em branco, não criou tantas jogadas de perigo e não conseguiu ajudar o Peixe a sair do zero.

“Inquieto”, sempre em busca do drible, da jogada individual ou da finalização, Marinho foi participativo. Mas sempre bem marcado – e nunca por apenas um adversário.

Soteldo acerta a trave em Santos x Olimpia — Foto: Ivan Storti/Santos FC

O mesmo aconteceu com Sánchez. Em uma jogada no primeiro tempo, o meio-campista uruguaio recebeu a bola perto da área do Olimpia cercado por quatro marcadores. Lutou, se debateu, caiu no chão e foi desarmado.

Sem sua dupla mais criativa, o Santos teve dificuldades para entrar na defesa paraguaia pelo meio. Sobrou para Soteldo, pelo lado esquerdo, fazer tudo sozinho. E o venezuelano, que não vivia bom momento, se destacou.

No primeiro tempo, Soteldo fez ótima jogada com Raniel, invadiu a área e chutou na trave. Na segunda etapa, cruzou para Sánchez ajeitar, e o centroavante desperdiçar chance cara a cara com o goleiro paraguaio. O camisa 10, sem dúvidas, foi o melhor santista em campo.

“Falta de criatividade”

A dificuldade do Santos para furar o bloqueio do Olimpia pode ser traduzida em números. O Peixe tentou 28 cruzamentos para a área adversária e acertou apenas dois durante toda a partida desta terça-feira. Fruto da dificuldade em criar jogadas trabalhadas, pelo chão, com infiltração.

Sem força pelo meio, o Santos abusou de lances pelos lados do campo, mas sem sucesso. Marinho, bem marcado, e Soteldo, solitário, não foram capazes de gerar muito perigo ao Olimpia.

Sánchez disputa bola pelo alto contra o Olimpia — Foto: Ivan Storti/Santos FC

No mapa de calor divulgado pela Conmebol, por exemplo, o segundo tempo foi disputado mais no lado esquerdo do campo de defesa do Santos do que no de ataque, mesmo com o time comandado pelo técnico Cuca tendo mais posse de bola (60% a 40%).

A tradução é simples: o Santos não pressionava a saída de bola do Olimpia e não conseguia sair da marcação dos paraguaios para chegar à área. Nas últimas partidas, o Peixe tinha tido mais espaço – o que não aconteceu nesta terça-feira.

Com o empate, o Santos se mantém na ponta do grupo G da Libertadores, agora com sete pontos (duas vitórias, também). Para sonhar em ir mais longe, porém, o Peixe precisará se readaptar à competição.

Fonte: Globo Esporte

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