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Sessão no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados termina com arquivamento de processo contra deputado por suposta “rachadinha”

Em meio ao embate, a Polícia Legislativa precisou intervir, e André Janones deixou as dependências do colegiado escoltado pelos agentes (Foto: reprodução)

Na tarde desta quarta-feira (5), a sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados foi marcada por tensões e confusões. O colegiado analisava um processo contra o deputado André Janones (Avante-MG), acusado de prática de “rachadinha”. Por 12 votos a 5, o processo foi arquivado, mas a decisão não foi bem recebida pelos parlamentares.

 

Os deputados Zé Trovão (PL-SC), Éder Mauro (PL-PA) e Nikolas Ferreira (PL-MG) provocaram Janones aos gritos de “covarde” e “rachador”. O embate verbal escalou para empurrões e troca de insultos. A intervenção da Polícia Legislativa foi necessária, e Janones deixou o plenário escoltado pelos agentes.

 

A confusão não se limitou a Janones. A deputada Jack Rocha (PT-ES) apoiou o relatório de Boulos e mencionou o caso de Nikolas Ferreira, cujo processo havia sido arquivado após uma fala transfóbica. O bate-boca se intensificou, com os deputados delegados Caveira (PL-PA) e Juliana Cardoso (PT-SP) discutindo acaloradamente.

 

O presidente do colegiado, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), pediu o esvaziamento do plenário, exceto para os deputados. Assessores parlamentares, jornalistas credenciados e visitantes tiveram que deixar o local.

 

Mesmo após o esvaziamento, a confusão persistiu. O pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, presente na sessão, foi provocado por Guilherme Boulos, também pré-candidato à corrida eleitoral. Boulos pediu a Marçal que “não vendesse sua candidatura”, indicando que desejava enfrentá-lo nos debates da eleição municipal.

 

O processo contra Janones envolve a suposta prática de “rachadinha” em seu gabinete. Ele nega as acusações. Desde 2021, a Polícia Federal (PF) investiga o caso, que também tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado Guilherme Boulos (PSol-SP), relator da ação no Conselho de Ética, defendeu o arquivamento, alegando falta de justa causa. Segundo Boulos, as denúncias remontam ao período anterior ao mandato de Janones na Câmara, que teve início em 2023.

Informações: Câmara dos Deputados.

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