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Sobe para quatro número de mortes por suspeita de contaminação de cerveja

A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesta quinta-feira, 16, a terceira morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol presente na cerveja Belorizontina, da fabricante Becker. Ao todo, quatro pessoas morreram com sintomas que podem estar ligados a ingestão do produto. Um desses casos, entretanto, ainda está sendo investigado.

A nova vítima, um homem de 89 anos, estava internada no Hospital MaterDei, no centro-sul de Belo Horizonte. Ele tinha sintomas da síndrome nefroneural, causada pela substância, e teve sua morte confirmada por volta das cinco horas e 25 minutos desta quinta.

Até o momento, o dietilenoglicol foi encontrado em três lotes da Belorizontina. A substância, usada na indústria para evitar que os líquidos congelem ou evaporem, é tóxica. Sua ingestão impede funcionamento normal dos rins, causa alterações neurológicas, vômito e diarreias, podendo levar à morte em alguns casos.

Nesta quarta, 15, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) informou, após inspeções dentro da cervejaria Becker, que a água usada na produção da cerveja estava contaminada com dietilenoglicol e monoetilenoglicol. As duas substâncias são proibidas em alimentos.

Além disso, o ministério aponta que a análise das amostras indica que a contaminação ocorreu dentro da cervejaria.

A empresa diz que o dietilenoglicol não faz parte de nenhum dos processos de fabricação dos seus produtos e que está colaborando com as investigações.

Na terça, 14, Paula Lebbos, diretora de marketing da cervejaria, pediu que consumidores não bebessem a cerveja Belorizontina, independente do lote. Segundo Lebbos, a empresa é constantemente vistoriada e os processos são auditados. A diretora se diz surpresa com o caso.

Na última semana, o ministério fechou, em caráter cautelar, a unidade Três Lobos da empresa na capital mineira. Foram apreendidos 139 mil litros de cerveja engarrafada e 8.480 litros de chope. A empresa foi notificada a fazer recolhimento de todos os produtos (cervejas e chopes) produzidos de outubro de 2019 até o momento.

O primeiro caso foi notificado em 30 de dezembro de 2019. As secretarias de saúde da capital e do estado foram avisadas de que um paciente com insuficiência renal aguda e alterações neurológicas havia sido internado na rede privada de saúde de Belo Horizonte.

No dia seguinte um novo caso foi notificado. O paciente foi internado em um hospital em Juiz de Fora.

Até a quarta-feira, 15, pelo menos 18 casos estavam sob investigação da Polícia Civil, que apura ainda se houve sabotagem ou vazamento e utilização incorreta da substância.

Em dezembro, a cervejaria registrara um boletim de ocorrência contra um ex-funcionário que ameaçou de morte um supervisor da empresa (dentro do local de trabalho) após ser notificado de sua demissão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Folha Press

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