O corpo docente da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) decidiu pela deflagração de uma Greve Geral a partir de 2 de janeiro de 2024, em busca de respostas para a defasagem salarial acumulada há 10 anos, superior a 68%. As tentativas de diálogo com o Governo do Estado, incluindo quatro reuniões e um acampamento conjunto de diversas categorias de servidores em dezembro de 2023, foram infrutíferas.

O principal ponto de atrito é o Projeto de Lei N° 09/2023, proposto unilateralmente pelo governador Rafael Fonteles, que tenta alterar o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da categoria docente, ameaçando a autonomia universitária e enfraquecendo ensino, pesquisa e extensão. O PLC N° 09/2023 propõe aumentar a carga horária de ensino dos docentes de 40h para no mínimo 16h, impactando negativamente na qualidade da pesquisa e extensão na UESPI.

A greve, com o lema “Eu vivo a UESPI”, busca não apenas a recomposição salarial, mas também a preservação do tripé indissociável do ensino-pesquisa-extensão e da autonomia administrativa da universidade.

O Campus Professor Possidônio Queiroz, em Oeiras, enfrenta desafios específicos, como falta de transporte, ausência de lanchonete, escassez de equipamentos e baixo número de estudantes beneficiados com auxílios. A falta de professores é um problema crônico, comprometendo a oferta de disciplinas.

Diante desse cenário, a comunidade de Oeiras é convidada a participar do Dia D de mobilização das atividades de greve da UESPI, marcado para o dia 30 de janeiro, às 18h, na Praça das Vitórias. O Campus Professor Possidônio Queiroz resiste, e a presença de todos é fundamental para fortalecer a luta por uma educação de qualidade e a valorização dos profissionais da UESPI.