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Vitaminas para a imunidade: mitos e verdades

Com a pandemia do coronavírus, a imunidade e a função das vitaminas para o organismo nunca ficaram tão em pauta. Mas muita informação a respeito vem sendo tirada de contexto e necessita ser mais bem explicada. Do contrário, em vez de ajudar, só confundirá mais as pessoas.

Examino a seguir quatro afirmações corriqueiras sobre vitaminas distribuídas pelas redes sociais. Saiba o que é verdade e o que não passa de mito.

Falta de vitamina D piora a saúde de quem está com gripe ou resfriado

Verdade. Assim como várias outras vitaminas, a D tem um papel na manutenção e no fortalecimento da nossa imunidade. Certas células do sistema imunológico, os linfócitos, têm receptores para a substância. Quando os níveis estão adequados, eles tendem a atuar melhor no combate a infecções. Por isso, o organismo responde mais rápido no processo de recuperação.

Existem estudos preliminares sugerindo que estar com a vitamina D em dia também reduz o risco de problemas mais sérios pelo coronavírus — mas a hipótese ainda precisa ser comprovada.

Além de importante para a imunidade, a vitamina D auxilia o corpo a absorver cálcio e fósforo, dois nutrientes essenciais para o bem-estar dos ossos. A vitamina D é obtida via exposição ao sol e suplementação, se necessário, e alguns alimentos (como pescados e laticínios) fornecem um pouco também.

Quem consome vitamina C não fica doente

Mito! Sabemos que ela ajuda a reduzir a duração e a severidade do resfriado comum e acelera a resposta imune diante de infecções, mas isso não quer dizer que ingerir a quantidade diária recomendada vai acabar com gripes, resfriados e afins.

A vitamina C tem ação antioxidante e é uma aliada na redução do risco de infecções respiratórias. Ou seja, consumir suas fontes no dia a dia é bem-vindo à saúde de uma forma geral. Hoje o nutriente também ganha destaque em cremes e outros tratamentos para a pele. Diversas frutas e hortaliças oferecem essa vitamina.

Quanto mais consumir vitaminas, melhor

Outro mito. O corpo tem um limite para absorver e tolerar inclusive vitaminas. Elas são fundamentais para ter qualidade de vida, mas nos níveis preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O excesso pode até fazer mal.

Vitaminas lipossolúveis como A, D, E e K, se forem ingeridas em excesso, ficam estocadas no tecido gorduroso, podendo levar a quadros de intoxicação e até a prejudicar a absorção de outras vitaminas. Pois é, o acúmulo de umas leva à deficiência de outras.

Um consumo exagerado de vitaminas raramente acontece exclusivamente pela alimentação natural. Costuma ocorrer mais com o uso de suplementos. Daí a importância de ter acompanhamento com um médico ou nutricionista.

Algumas substâncias prejudicam a absorção das vitaminas

Pura verdade. Isso vale para a cafeína e o álcool, por exemplo. Refrigerantes de cola, café, chá-preto, entre outros, podem atrapalhar a absorção de vitaminas como a B e a D.

Já as bebidas alcoólicas sabotam o aproveitamento do cálcio e reduzem a resposta do organismo à vitamina D. O tabaco também entra aqui. Ele prejudica a absorção de vitamina E.

Até o consumo exagerado de fibras pode comprometer a assimilação das vitaminas A, E e D.

A orientação de um profissional de saúde, bem como o equilíbrio à mesa, ajuda a evitar essas pegadinhas.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Abril

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