Zé Filho disse que o Piauí sempre fica a ver navios enquanto os vizinhos Ceará e Maranhão são sempre contemplados com projetos de maior porte. “Eu nunca concordei com isso. Acho que pelo menos temos que ter o tratamento igual aos outros. Não queremos mais do que ninguém, mas não queremos menos”, declarou.
“Eu, como governador, não me sinto confortável para votar em um governo que está dando esse tratamento para o nosso estado”, acrescentou.
Com o PMDB ainda aliado do PT em âmbito nacional, Zé Filho não teme ser cobrado nacionalmente. “Se eu não tenho nada, eu prefiro é acreditar nessa mudança que está vindo”.
“A gente tem que fazer comparações. Todos eles já tiveram condições. Eu acompanhei de perto o início do governo de Wilson Martins e vi a dificuldade dele de conseguir recursos para o estado. O Piauí sempre foi o estado que menos recebe recursos federais”, comentou.
Eleições
Zé Filho terá o publicitário Duda Mendonça comandando sua campanha. O governador aposta em dados de que 50% da população ainda não o conhece, “o que é um resultado muito bom”. O pmdebista espera ter a chance de mostrar suas propostas para a população.
O pmdebista afirmou também que existem prefeitos do PT que votam nele, o que considerou algo natural da democracia.
A candidatura do tio Mão Santa é vista com normalidade. “Ele colocou que é candidato a governador. Nós temos que respeitá-lo. Também tem um passado como homem público que nós temos que respeitar. Nós vamos discutir e deixar que o povo decida”
Marcelo Castro
Zé Filho afirmou que ainda espera contar com o apoio do deputado federal Marcelo Castro, presidente do PMDB no Piauí, mesmo após as desavenças que levaram o parlamentar a abdicar de sua pré-candidatura.
“Tenho certeza que té a convenção nós vamos estar todos juntos”, disse Zé Filho. “Tenho paciência, tenho tranquilidade para saber que precisamos dar tempo ao tempo.
“Todo mundo comete erros, mas o que nós temos que entender é que o Piauí tem que estar acima de tudo isso”, acrescentou o governador, ao afirmar que os problemas fazem parte do passado. “Acho que é daqui pra frente. Temos que considerar que o povo é muito mais importante do que isso”.