Você já ouviu falar em segurança digital? Basicamente é a prática de proteger dados pessoais contidos em dispositivos pessoais como celulares e computadores. Teoricamente vivemos conectados em várias plataformas digitais e rede sociais, infelizmente toda esta conexão abriu espaço para golpes e atividades criminosas.
Técnico em T. I Erenito Junior- Arquivo pessoal
Conversamos com o técnico em T. I, Erenito Antônio Sousa Junior sobre o assunto. “Hoje em dia a internet é sua segunda casa (ou a primeira) se você põe fechadura e cadeado em suas casas ou carro, com a internet não poderia ser diferente, ali está toda a sua vida e todos os seus principais contatos e alguém ruim ter acesso a isso irá gerar uma grande dor de cabeça”, afirma.
Tem sido frequente as notícias sobre pessoas roubadas e enganadas por redes sociais, como o WhatsApp, por exemplo. A respeito disso, Erenito acrescenta que neste tipo de golpe os criminosos agem sem qualquer tipo de medo ou receio, a final estão longe na maioria das vezes e por trás de um computador ou celular.
Sabe aquele ditado que a internet é terra de ninguém? Pois é. É mais fácil agir por trás de uma tela, anonimamente porque assim as chances de identificação e punição para crimes cibernéticos serão menores.
A própria legislação para crimes virtuais é recente, somente em 2012 duas leis tipificaram o crime cibernético. Segundo o site Tech Tudo, os crimes cibernéticos cresceram durante a pandemia, em 2020, foram registradas 156.692 denúncias, enquanto em 2019, 75.428 casos foram contabilizados.
Sobre os golpes
Aqueles links duvidosos que aparecem vez ou outra nos grupos de WhatsApp podem parecer inofensivos, mas não é bem assim, de acordo com Erenito Junior, os links são a principal porta de entrada ao seu dispositivo porque nele pode conter um script (uma série de instruções para que a máquina execute determinadas tarefas segundo programado) malicioso ou até mesmo pode ser uma pagina fake bem semelhante com o serviço original para facilitar o golpe.
“ Geralmente eles são parecidos com os originais, mas é sempre bom ficar esperto com os detalhes. Domínios semelhantes sempre são comprados por grandes corporações, exemplo: facebok.com, se você clicar nele ele irá direcionar rapidamente para facebook.com que é o verdadeiro”, explica.
Outro golpe comum é através da conta de WhatsApp, o golpe consiste em registrar o seu WhatsApp em outro aparelho e se passam por você pedindo dinheiro às pessoas da lista de contatos, mas é possível evitar, “isso só acontecerá se você tiver dado o código de verificação ou o golpista tiver tido acesso ao seu aparelho. É importante sempre deixar a verificação em duas etapas ativo e sempre desconfiar de algum ‘amigo’ lhe pedindo algo ou algum favor, seja ele transferência bancaria, pagamento de boleto ou mesmo clicar em algum link”.
Caso você seja vítima de algum golpe, o técnico em T. I aconselha que o primeiro passo é fazer um boletim de ocorrência e em seguida procurar um profissional da área. “Você também pode entrar em contato com o suporte do serviço, porém o profissional já vai saber os principais caminhos”.
Por que as pessoas ainda caem em tantos golpes?
“A maioria é a falta de informação, a grande maioria não quer entender como funciona aquilo, e muitos mesmo depois de cair em algum golpe ainda não querem. O descuido e a correria do dia a dia também deixam as pessoas mais desatentas, o que fazem ser mais vulneráveis”.
Por Sheron Weide
