A Universidade Federal do Piauí (UFPI) veio a público nesta terça-feira (05) para informar que recebeu neste mês de junho dois cortes definitivos em seu orçamento que somam quase R$ 7,7 milhões destinados ao pagamento de despesas de manutenção da universidade. Esse valor corresponde a 7,2% do total anual disponível para que a instituição possa funcionar. Este não foi o primeiro corte: desde 2015, a UFPI vem sofrendo sucessivas reduções, mas elas se agravaram com os cortes no orçamento de 2022.
Inicialmente, a UFPI teve um bloqueio, ou seja, uma suspensão temporária em seu orçamento discricionário anual de 2022. Esse bloqueio ocorreu em 27 de maio no montante de mais de R$ 15,5 milhões, ou seja, quase 14,5% do orçamento. Esse bloqueio também atingiu na mesma proporção outras instituições federais de ensino. Aqui no Piauí, o Instituto Federal (IFPI) teve que reduzir serviços básicos como por exemplo o fornecimento de refeições em alguns campi.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes) acionou a justiça contra esse bloqueio de R$ 15,5 milhões ocorrido em maio e ele caiu de 14,5% para 7,2%, permanecendo bloqueados os R$ 7,7 milhões anunciados hoje.
Do total bloqueado até o início de junho, foi aplicado um corte definitivo no orçamento de quase R$ 3,9 milhões, o que corresponde a 3,6%, ou seja, mais de R$ 3,8 milhões permaneceram indisponíveis para a UFPI. Outro corte ocorreu no dia 23 de junho, o que elevou novamente a soma dos valores reduzidos de forma definitiva para R$ 7,7 milhões.
Por meio de nota, a Universidade Federal do Piauí explicou o quanto essas reduções de orçamento impactam no seu funcionamento. “Os valores suprimidos no orçamento representam, aproximadamente, um mês do custeio da instituição, tornando-se mais expressivo com a retomada das atividades presenciais, que demanda maior aporte de recursos para manter o pleno funcionamento”, diz a nota pública.
A UFPI finaliza afirmando que com esses cortes, sua situação orçamentária foi agravada. “Como única saída possível para manter o funcionamento da instituição, a Administração Superior será obrigada a intensificar a implementação de medidas de austeridade para conduzir a situação de modo a superá-la em favor da comunidade universitária como um todo”.
Fonte: Portal o Dia