Segundo entidade, 10 mil animais serão abatidos durante 30 dias
Começou nesta terça-feira (21) o polêmico e maior festival culinário de carne de cachorro na cidade chinesa de Yulin, que fica a 200 quilômetros ao sul da capital Pequim. Mesmo com dezenas de protestos, o evento iniciou sem grandes incidentes e deve abater, durante todo o mês, mais de 10 mil animais sob métodos de tortura.
Entre os grupos que promovem manifestações contra o festival, está a Humane Society International (HSI). Neste ano, a entidade contou com a colaboração de celebridades internacionais para conscientizar sobre os maus tratos contra os cães e conseguiu juntar mais de 11 milhões de assinaturas em uma petição que pede o fim do evento. Além disso, o órgão resgata ou paga para comerciantes por cachorros que estão em jaulas para ser abatidos.
Denúncia e pressão internacional
Apesar de não cancelar o festival, a pressão internacional está começando a surtir efeitos. O governo local, que sempre tentou se distanciar dos organizadores, pediu para que os restaurantes servissem os pratos apenas em “locais fechados” – além de restringir o consumo da carne nas ruas.
A HSI, bem como outras entidades de defesa animal, denuncia que além de passar por espancamentos – que, segundo a tradição local, deixa a carne mais macia –, os cachorros usados nos preparos são frutos de roubo às residências chinesas ou retirados de ruas em condições insalubres.
O festival realizado anualmente começa sempre no solstício de verão e os participantes acreditam que a carne dos cães ajuda a combater o calor e traz benefícios para o corpo humano. Além desta época específica, acredita-se que entre 10 e 20 milhões de cachorros são sacrificados todos os anos na China e que cerca de 30 milhões são consumidos por ano em toda a Ásia, especialmente na Coreia do Sul e do Norte.
Fonte: Band