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Acuado em Brasília, Feliciano vai à Bolívia em busca de “solução diplomática” para corintianos

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da CDH (Comissão de Direitos Humanos e Minorias) da Câmara, viajará a Oruro, na Bolívia, na próxima segunda-feira (8) para visitar os 12 corintianos presos acusados da morte do jovem Kevin Béltran. Em sua companhia na viagem, ele terá o deputado Fernando Capez (PSDB-SP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça e Membro Efetivo da Comissão de Direitos Humanos, o vereador Goulart (PSD-SP) e a esposa de um dos detidos.

Pr. Marcos Feliciano

Pr. Marcos Feliciano

De acordo com Feliciano, ver o que está acontecendo pessoalmente é uma forma de pressionar as autoridades, tanto brasileiras quanto bolivianas, a tomar uma atitude, devido às denúncias de maus tratos reveladas pelos acusados. Durante sua estada no país, a comitiva irá encontrar o os representados do consulado brasileiro, membros do judiciário local e a família do garoto morto.

“Queremos mover pressão politica, em bandeira de paz, buscando uma solução diplomática para o impasse, apurando as denúncias de maus tratos”, afirmou o parlamentar em entrevista ao UOL Esporte. Feliciano pretende ficar no máximo dois dias na Bolívia antes de retornar ao Brasil.

O deputado admitiu que ainda não tem um plano do que fazer quando voltar. Ele acredita que, somente depois de ver as reais condições dos presos e conversar com todos os envolvidos, poderá formular um parecer. A partir daí, pedirá providências. “Poderemos dar detalhes apenas após a viagem”, disse.

Feliciano negou que a viagem tenha cunho oportunista e sirva para desviar o foco das críticas severas que vem recendo por presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e disse que isso faz parte de sua agenda. Diversos protestos foram organizados pedindo sua renúncia, por conta de declarações polêmicas do deputado sobre negros e homossexuais. “Há 40 dias vivemos este impasse, é questão de urgência. Não cedo à pressão, o meu foco é fazer o trabalho da comissão”, defendeu-se.

Segundo Feliciano, o Corinthians foi informado de sua viagem, mas não houve nenhuma reunião para debater o assunto, assim como não há nenhum encontrado marcado para quando ele retornar. De acordo com o parlamentar, o departamento jurídico do clube e seus conselheiros já foram devidamente notificados sobre a iniciativa.

O presidente do Corinthians, Mario Gobbi, também irá se encontrar com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Segundo o clube, a ideia não é necessariamente pedir a liberação dos 12 presos. Trata-se, na verdade, de solicitar o envolvimento do Governo Federal para que seja garantido aos presos o direito de defesa. A postura só não foi a mesma desde a tragédia porque o Corinthians, em seu entender, tinha uma agenda a cumprir, preocupando-se primeiro com os reflexos esportivos do caso e depois com a situação dos torcedores presos.

O grupo de corintianos é acusado de participação no evento. No Brasil, a organizada Gaviões da Fiel apresentou à Justiça um jovem de 17 anos que se diz o verdadeiro culpado pelo crime. A Justiça da Bolívia, no entanto, não leva o depoimento e a confissão do jovem em consideração, e manteve os 12 brasileiros em prisão preventiva em Oruro.

CORINTIANOS RECLAMAM DE MAUS TRATOS EM PRISÃO BOLIVIANAcorintianos estao presos na penitenciaria san pedro em oruro na bolivia

Os corintianos presos na Bolívia reclamaram de maus tratos e constrangimento. Os relatos são do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que foi a Oruro, ver a situação dos torcedores. Segundo o senador, eles estão em um presídio com capacidade para 200 pessoas, mas que tem 1.500 detentos no momento. “Acho que é uma situação muito mais diplomática, politica do que jurídica. O governo brasileiro precisa colocar isso na agenda. Precisamos de uma intervenção forte. Eles podem pelo menos exigir um presídio que garanta integridade física”, declarou.

Fonte:  UOL 
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