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Agentes tem duas armas para conter 850 detentos em presídio do Piauí

Imagem: Divulgação/Sinpoljuspi
Imagem: Divulgação/Sinpoljuspi

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Agentes penitenciários da Casa de Custódia, maior presídio do Piauí, denunciaram a falta de equipamentos para trabalhar e dizem estar preocupados com o comprometimento da segurança na casa de detenção. O diretor administrativo do Sindicado dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, afirma que faltam agentes, policiais militares e armas de fogo (são apenas duas) para garantir a segurança do local, que convive com frequentes tentativas de fuga. Ninguém da Secretaria de Justiça foi encontrado para comentar a denúncia.

“É impossível fiscalizar 850 presos com apenas 16 agentes, pois temos que suprir todos os postos de trabalho, inclusive os das guaritas. Como se não bastasse esse problema, somos ameaçados diariamente, já saímos de casa com medo de não voltar. Sabemos que existem armas dentro das carceragens e não temos equipamentos de segurança suficientes como coletes balísticos para entrarmos para realizar as trancas dos presos”,
revelou.

O diretor administrativo relatou ainda que além de coletes, faltam armas, algemas e detectores de metais mais modernos para garantir a segurança nas penitenciárias do estado. “Temos apenas um revólver calibre 38 sem munições e uma pistola com algumas balas para conter um problema dentro do presídio. Rebeliões é igual a fogo em material inflamável, tem que ser contida no início, senão toma grandes proporções”, lamentou.

Kleyton enfatizou que somente este ano já ocorreram quatro fugas, 16 tentativas e que a casa de detenção está com superlotação. “O local tem capacidade para 336 presos, mas atualmente abriga 850, mais que o dobro de sua capacidade. Isso tudo coloca em risco a vida dos próprios detentos e dos agentes que trabalham no local”, disse.

Vilobaldo Carvalho, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), denunciou também que os agentes penitenciários da Penitenciária de Esperantina, a 174 quilômetros de Teresina, também sofrem com a falta de estrutura e armamento e abriga 180 detentos.

“Os agentes contam com apenas duas escopetas calibre 12, sendo uma de apenas um tiro e um revolver calibre 38. Além da problemática de armas, o número de munições é insuficiente para um possível conflito”, afirmou.

O G1 tentou falar com a direção de presídios do Piauí, mas até às 18h50 ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.

Fonte G1 PI

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