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Aliança do PSDB com Wilson e Marcelo passará pelo crivo de Aécio

O senador Aécio Neves, pré-candidato à Presidência da República e presidente nacional do PSDB, afirmou nesta terça-feira que os interesses da sigla nos Estados não poderão se sobrepor ao projeto tucano federal durante as eleições deste ano.

 

A afirmação foi feita durante uma entrevista coletiva em Brasília (DF), concedida após reunião da executiva nacional da legenda. O prefeito de Teresina, Firmino Filho, foi o representante do Piauí no encontro.

 

Segundo Aécio, ficou decidido que todas as alianças firmadas pelo PSDB nos Estados precisarão passar pelo crivo do diretório nacional, antes de serem avalizadas. “Tivemos uma decisão hoje, por unanimidade da Executiva nacional do partido, de que todos os entendimentos estaduais, que estimulamos que ocorram, seja em relação ao lançamento de candidaturas ou à formalização de coligações, terão que ser validados pela aprovação da Executiva nacional do partido. Isso, de alguma forma, reforça o caráter nacional do PSDB, a prioridade que temos hoje de buscar dar ao Brasil um modelo de governo alternativo a esse que está aí, reforça nossa posição no campo nacional. Mas minha expectativa é de que todos os impasses que eventualmente ocorram sejam resolvidos no entendimento, no diálogo”, afirmou o presidente do PSDB.

 

O entendimento está presente na resolução que foi aprovada nessa terça-feira, de forma unânime, pelos dirigentes nacionais tucanos.

 

Para Aécio, os Estados onde o partido já possui candidaturas majoritárias confirmadas – a governador ou a senador – não representam um problema, pois nesses casos o palanque tucano já está garantido. O imbróglio maior, segundo o senador, será nas unidades da federação em que o partido ainda não possui candidatura confirmada ao Governo ou ao Senado – caso do Piauí.

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Aécio afirma que os diretórios regionais do PSDB precisarão considerar dois preceitos fundamentais antes de fechar quaisquer alianças. Um deles é a garantia de que os acordos locais contribuirão para aumentar a presença do partido no Parlamento. A outra condição – ainda mais importante – é que as coligações regionais não atrapalhem o desempenho da candidatura do PSDB à Presidência da República, que é tida como prioridade pelos tucanos. “Onde não temos candidaturas majoritárias colocadas, temos que atender a dois preceitos ou a duas especificidades. Uma delas a preservação da bancada do partido, seja nas Assembleias, seja na Câmara Federal ou eventualmente no Senado. E ao mesmo tempo não ser contraditória ao interesse nacional do partido. O que não podemos é, em determinado estado atender, por exemplo, a viabilização de uma coligação que eleja um deputado para o partido, mas que cause prejuízos à campanha nacional porque eventualmente coligou-se a uma chapa que tem outros candidatos”, pondera o presidenciável.

 

O deputado Marden Menezes, presidente do PSDB no Piauí, considera que as declarações do senador Aécio Neves não podem ser interpretadas como uma imposição aos diretórios estaduais, mas sim como uma orientação, que visa aumentar a sintonia entre o comando nacional e os diretórios estaduais. “O que essa resolução pede é que a realidade de cada Estado seja devidamente informada ao diretório nacional. O certo é que não faremos nada à revelia de ninguém. Por isso temos conversado com muita cautela, para que tudo passe pelo crivo do diretório nacional”, afirma Marden.

 

Por outro lado, o deputado reconhece que nem os tucanos nem seus virtuais aliados no Piauí sabem até agora como será possível harmonizar o quadro local à estratégia nacional de cada sigla. O dilema reside no fato de que as principais legendas do grupo – PSB, PMDB e PSDB – apoiam três nomes distintos para a Presidência da República – o do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), o da presidenta Dilma Rousseff (PT) e o do senador Aécio (PSDB), respectivamente.

 

De acordo com Marden, os diretórios regionais têm até o mês de março para comunicar formalmente à executiva nacional as conjunturas regionais de aliança em que o PSDB está inserido.

Portal O DIA

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