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Análise: com 45 minutos de um time que “ganha quando quer”, Flamengo atropela o Bahia

“O Flamengo está jogando como se fosse ganhar quando quiser”. Mas não é?

A vitória sobre o Bahia, na noite de domingo, no Maracanã, foi daquelas em que a prática confirma a teoria. Com 45 minutos ao modo Jorge Jesus, o Rubro-Negro desamarrou a bem postada defesa rival, virou o placar e ficou ainda mais próximo do título brasileiro. Agora, faltam somente oito pontos em seis rodadas.

Gabigol comemora o terceiro gol do Flamengo contra o Bahia — Foto: André Mourão/Foto FC

Com o 3 a 1, o Flamengo completou um turno inteiro de invencibilidade, 17 vitórias e dois empates, e praticamente zerou o Brasileirão. Dos 19 adversários, apenas o São Paulo, com dois empates, não foi batido pelos cariocas na competição. Uma campanha avassaladora!

Flamengo x Bahia

  • Posse de bola: 63% x 37%
  • Finalizações: 21 x 9
  • Chances reais: 10 x 4
  • Faltas: 10 x 11
  • Bolas levantadas: 29 x 6
  • Passes certos: 448 x 166
  • Passes errados: 12 x 22

E é justamente por ser tão avassalador que o Flamengo tem encarado adversários tão precavidos. O Bahia entrou em campo no Maracanã todo atrás da linha da bola, fechado a partir da intermediária defensiva e apostando na velocidade dos contragolpes.

Com a entrada da área congestionada, o Tricolor baiano não dava qualquer espaço para um adversário carente de criatividade nos 45 minutos iniciais. De quebra, abriu o placar em lance de sorte.

Foi preciso bate e rebate entre Marí e Filipe Luís para a bola sobrar para Nino Paraíba cruzar. E foi preciso também rebatida de Diego Alves para Elber chutar em cima de Willian Arão. Gol contra e tensão na descida para o intervalo.

Entrada de Reinier mudou a cara do Flamengo no segundo tempo — Foto: André Durão/GloboEsporte.com

O segundo tempo, no entanto, foi um atropelamento. Com Reinier no lugar de Vitinho, o Flamengo em nada parecia aquele time arrastado dos 45 minutos iniciais. E a diferença se deu muito por uma mudança de posicionamento: o jovem de 17 anos como centroavante e Gabigol aberto na direita.

O Flamengo abriu o campo, achou espaços e ganhou em quantidade no setor ofensivo. Com Filipe Luís caindo por dentro, a equipe invariavelmente tinha superioridade numérica nas ações e o Bahia sequer teve tempo para entender o que estava acontecendo.

Éverton Ribeiro abriu espaço pelo meio e tocou para Gabriel cruzar aos oito. Gol de Reinier. Acuado, o Bahia não achou os homens de ataque rubro-negros e o próprio Reinier teve duas chances de virar até que mais uma genialidade individual beneficiou o coletivo.

Veja a coletiva de João de Deus após vitória do Flamengo sobre o Bahia pelo Brasileirão

Filipe Luís deu lindo passe de três dedos para achar Gabigol nas costas da zaga. Mais uma assistência do artilheiro, gol de Bruno Henrique. Lembra aquela história de que o Flamengo joga como se fosse vencer quando quisesse? Quis na volta do intervalo.

Gabriel ainda fez o 21º gol no Brasileirão para fechar o placar e igualar recorde de Zico em rebote de falta de Arão. Era a cereja do bolo em uma festa onde o Bahia participou de espectador no segundo tempo. Diego Alves sequer foi incomodado.

Na arquibancada, a torcida soltou o grito de “é campeão!”. Ainda faltam oito pontos, mas é difícil duvidar que seja questão de tempo.

Fonte: Globo Esporte PI

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