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Análise: três anos depois do Olimpia, Victor decide nova disputa de pênaltis

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Exatos três anos, dois meses, três semanas e quatros dias. O destino deu um prazo de 1183 dias para que os atleticanos se recuperassem da emoção daquela disputa de pênaltis contra o Olimpia, do Paraguai, na final da Libertadores de 2013. Desde aquele dia 24 de julho, o Atlético-MG não tinha uma decisão nas penalidades. E de lá pra cá muita coisa mudou, só uma que não: Victor. O herói das disputas contra Tijuana, Newell´s e Olimpia, cresceu novamente e pegou duas cobranças contra o Juventude, classificando o Galo para o a semifinal da Copa do Brasil.

Para quem não se lembra, aquela decisão, em 2013, terminou em 4 a 3 para o Galo. Contra o Juventude, a vitória nos pênaltis foi por 4 a 2.  E houve algumas coincidências. Nas duas disputas, o adversário perdeu dois pênaltis, o Galo começou a cobrança defendendo e o time mineiro não desperdiçou uma cobrança sequer. O único jogador do Atlético-MG que jogou as duas foi ele, justamente, o mais decisivo. O “santo”, o goleiro Victor.

Em 2013, Alecsandro, Guiherme, Jô e Leonardo Silva marcaram para o Galo, duas cobranças no lado direito e duas no lado esquerdo. Em 2016, Fábio Santos, Lucas Pratto, Gabriel e Cazares foram os jogadores que participaram das cobranças, sendo três no canto esquerdo do goleiro e apenas a do argentino no meio, com cavadinha.

Relembre as cobranças de 2013, contra o Olimpia, e de 2016, contra o Juventude:

1º pênalti – Em 2013, Miranda (do Olimpia) bateu no meio do gol, e o goleiro Victor defendeu. Em 2016, Hugo Almeida optou por bater no canto, abrindo o placar para o time gaúcho.

2º pênalti – Alecsandro bate muito bem no canto direito, gol do Galo, em 2013. Em 2016, Fábio Santos vai para a cobrança e faz gol, mas batendo no canto esquerdo do goleiro do Juventude.

3º pênalti – Em 2013, Ferreyra, que havia perdido um gol feito no jogo, bateu rasteiro, e a bola passou por baixo de Victor, gol do Olimpia. Sananduva bate no centro do gol e marca para o Juventude, em 2016.

4º pênalti – Em 2013, Guilherme bateu no cantinho do goleiro do Olimpia e fez para o Galo. Em 2016, Pratto quase matou os atleticanos do coração, marcando de cavadinha, no meio do gol.

5º pênalti – Em 2013, o zagueiro Candía bateu um pênalti de zagueiro, forte e no meio do gol, mais um do Olimpia. Em 2016, Wallacer perdeu. Bateu no canto esquerdo de Victor, que salvou o primeiro.

6º pênalti  – Em 2013, Jô bateu como manda o figurino, bola para um lado, goleiro para o outro. Em 2016, foi a vez do zagueiro Gabriel, que bateu muito bem no canto direito de Elias, goleiro do Juve.

7º pênalti – Em 2013, Aranda bateu bem forte no meio do gol e marcou. Em 2016, Roberson bateu à meia altura e consagrou o goleiro Victor, que pegou a segunda cobrança.

8º pênalti – Em 2013, o zagueiro Léo Silva bateu bom no canto direito de Martin Silva, gol do Galo. Como o Olimpia só tinha perdido uma, o time paraguaio ia ter o direito de bater a quinta, se errasse, o Atlético-MG era campeão. Em 2016, a classificação estava nos pés de Cazares, que não decepcionou. Galo nas semifinais.

9º pênalti – Esse é um passado que ainda está no presente para os atleticanos. Giménez chutou, e bola parou o tempo, explodindo na trave, e dando o título da Libertadores para o Galo.

Victor defesa Atlético-MG Libertadores (Foto: AFP)Victor defendeu o primeiro pênalti na final da Libertadores em 2013 (Foto: AFP)

O Atlético-MG teve que mexer no time que venceu o primeiro jogo por 1 a 0, no Mineirão. Patric ganhou a vaga de Carlos César na lateral direita. Mas o Juventude não teve clemência do curinga do Galo, para que ele se adaptasse à posição. Logo com 32 segundos, nas costas do lateral, surgiu o gol do adversário.

Atlético-MG muda formação atuando com três volantes (Foto: GloboEsporte.com)Atlético-MG muda formação atuando com três volantes (Arte: GloboEsporte.com)

Mas o que mudou na prática com a decisão de Marcelo Oliveira de entrar com três volantes? O treinador escolheu sacar Clayton para colocar Leandro Donizete, pensando no campo pesado do Alfredo Jaconi e no jogo duro contra o time gaúcho. No primeiro tempo, o general atuou como primeiro marcador do meio, com Carioca tendo mais liberdade para o passe. Urso ganhou bastante liberdade, quase marcando de cabeça, no início do jogo.

Com a desvantagem no placar, Marcelo Oliveira resolveu colocar o time para frente. Sacou Carioca para colocar Clayton e colocou o equatoriano Cazares no lugar de Otero. No esquema mudou muita coisa. Clayton caiu pela direita para ocupar a faixa que era usada por Otero. Urso continuou caindo mais pela direita, mas, agora com uma obrigação de ajudar Donizete no combate. Cazeres jogou com bastante liberdade de flutuar entre as pontas e ficar mais centralizado no ataque do Galo.

No tempo normal, a derrota foi por 1 a 0, engrossando o desempenho ruim do Galo fora de seus domínios. Contando o Primeira Liga, Libertadores, Brasileiro e a Copa do Brasil, o Atlético-MG fez 23 partidas como visitante. Ao todo foram  cinco vitórias, oito derrotas e dez empates, com um aproveitamento de 31%.

Fonte: Globo Esporte

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