O Sindicato dos Trabalhadores da Educação (SINTE-PI) se reuniu em assembleia com a categoria nesta quarta-feira, 11, para discutir sobre o andamento da greve dos professores da rede estadual. Após votação, foi decidido que os docentes manterão a paralisação que dura mais de um mês.
O movimento é motivado por não aceitarem o reajuste cedido pelo governo de 2,95%, valor abaixo dos 6,81% solicitados para os professores e dos 3,15% passando para 3,95% em setembro dos demais trabalhadores da educação. A presidente do Sinte-PI é categoria em afirmar que o movimento seguirá até o governo ceder e aceitar os valores dos reajustes pedidos.
A maior reclamação da categoria é que os reajustes propostos foram aceitos em março, após acordo com o governo intermediato pela Justiça. Em resposta, o governo afirma que o veto do acordo anteriomente realizado e o novo valor abaixo do proposto se deve ao ano eleitoral, que limita reajustes salariais ao valor da inflação, que no ano de 2017 foi de 2,95%.
Enquanto isso, os estudantes seguem sem aula, tendo o ano escolar prejudicado. Moises Silva afirma que tenta estudar em casa, mas sente a diferença no aprendizado e confessa que seu maior medo é não ter tempo de ver todo o conteúdo na sala de aula. “Para não perder tempo tento estudar em casa, mas é ruim, pois não tenho como tirar dúvidas. E o pior é que tenho medo de, devido ao tempo reduzido do calendário de aulas, os professores não deem todos os conteúdos e eu termine o ano sem ver todos os assuntos”, comentou.
Fonte:Fala Piauí