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Automedicação no Carnaval: os riscos do uso exagerado dos “kits ressaca” durante a folia

A festa mais popular do Brasil está batendo à porta e muita gente foca nos preparativos para curtir os quatro dias de folia. Em algumas cidades, a festa é até maior, começando já na sexta-feira e seguindo até a madrugada da quarta-feira de cinzas.

E haja saúde e disposição para aguentar essa maratona. Tem gente que começa à tarde e vai até o outro dia cedo, para só um pouco para descansar e já começa tudo de novo. E, para não perder o ritmo, entram os famosos “kits ressaca”, cada vez mais comuns nas farmácias. Compostos de várias medicações combinadas, os tais kits prometem neutralizar os efeitos da noite de folia no organismo e recuperar o corpo o mais rápido possível para mais algumas horas de folia.

O problema é que, ao usar vários medicamentos ao mesmo tempo, é possível desencadear uma interação medicamentosa grave no corpo, levando a problemas de saúde bem piores do que uma ressaca.

Confira abaixo algumas combinações arriscadas, de acordo com o Conselho Federal de Farmácia:

  • Analgésicos + álcool: pode causar irritação da mucosa do estômago, hemorragia gastrointestinal, tonturas e perda da coordenação motora.
  • Antiácido + Contraceptivo oral (anticoncepcional): reduz do efeito do contraceptivo pela diminuição da absorção desde pelo organismo.

A superdosagem é outro agravante que pode prejudicar a saúde dos foliões. Se consumidos em doses além das recomendadas, medicamentos como o paracetamol (analgésico e antitérmico) podem causar lesões no fígado. Se for utilizado junto com anti-inflamatórios, a combinação, pode aumentar as chances de intoxicação.

Já doses muito altas de dipirona sódica (analgésico e antitérmico) podem causar alergias e alterações sanguíneas. E, se o medicamento ingerido em grande quantidade for o ácido acetilsalicílico (analgésico e anti-inflamatório), os sintomas possíveis são náuseas, vômitos, diarreia, dor de estômago, gastrite, hemorragia gástrica e urticárias. O uso prolongado e em dose excessiva pode predispor a danos renais. Outro risco é o de induzir crises em pacientes propensos a asma.

Precauções 

Para evitar problemas, a professora de Farmácia Rayssa Bueno, defende a orientação profissional como a principal forma de utilizar os medicamentos e evitar problemas. “É preciso se informar. Converse sempre com o farmacêutico de plantão. A combinação de álcool e medicamentos traz riscos e a moderação, tanto no uso de álcool como no de medicamentos, pode salvar vidas”, destaca.

 

 

Fonte: Cidade Verde

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